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domingo, 30 de março de 2008

Sobre a Dor

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Aprendi, criança ainda, com a história da pequenina Pollyanna, que devemos na vida buscar algo de bom em toda adversidade e, por isso, se contentar. A dor muitas vezes pode nos parecer algo ruim e mau, mas é graças a ela que aprendemos e buscamos a correção de nossas almas no caminho da evolução.
Recordo algumas palavras do Professor Clóvis Tavares:
“Suplicamos, muitas vezes, o que nos parece bom, mas que é substancialmente mau. Deus nos outorga, entretanto, o melhor, que às vezes julgamos mau e nem sempre entendemos, de pronto.
Tranqüilidade, poder econômico, alegria, prestígio social, saúde e conforto podem parecer-nos coisas excelentes. Mas, muitas vezes, o melhor de Deus nos chega em forma de dor, enfermidade, decepções, lágrimas, cansaço e tristeza, com vistas à regeneração de nossas almas e à preparação de nossos corações para a Vida Eterna.
Tendemos a buscar sempre o que nos parece bom, mas, estejamos certos: Deus nos concede sempre o melhor.”

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(Fotomontagens - Sayô)

sexta-feira, 28 de março de 2008

Lição de Vida

Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”. E todos os noves competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro se levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje.
Por quê? Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.


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(Texto - desconheço autor)

quarta-feira, 26 de março de 2008

Verdadeiros Amigos

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(Imagem - desconheço autor da fotomontagem)

domingo, 23 de março de 2008

Domingo de Páscoa


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(Imagem - desconheço autor)

sexta-feira, 21 de março de 2008

A Cruz

“A cruz é a configuração geométrica, que mais marca e imprime impressões fortes na mente humana. Mais que um círculo, um quadrado, um retângulo, um triângulo. Nada impressiona mais a mente humana que essa forma da cruz”. (Jung).
“Na cruz o plano das coisas que vem de cima, se encontra com o plano das coisas daqui de baixo. Na cruz a dimensão do céu vasa e atravessa essa realidade terrena. Na cruz as coisas que vêm de Deus encontram intercessão com as coisas que são do homem. Deus e o homem se encontram na cruz”.
(Caio Fábio).


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(Foto - desconheço autor)

O Amor Não Amado

"O camponês perguntou: Que aconteceu, irmão, por que estás chorando? O Irmão respondeu: Meu irmão, o meu Senhor está na Cruz e me perguntas por que choras? Quisera ser neste momento o maior oceano da terra, para ter tudo isso de lágrimas. Quisera que se abrissem ao mesmo tempo todas as comportas do mundo e se soltassem as cataratas e os dilúvios para me emprestarem mais lágrimas. Mas ainda que juntemos todos os rios e mares, não haverá lágrimas suficientes para chorar a dor e o amor de meu Senhor crucificado. Quisera ter as asas invencíveis de uma águia para atravessar as cordilheiras e gritar sobre as cidades: o Amor não é amado! O Amor não é amado! Como é que os homens podem amar uns aos outros se não amam o Amor?" (São Francisco de Assis).


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(Imagem - Pintura de Bartolomé Esteban Murillo)

terça-feira, 18 de março de 2008

O AMOR por Nina Arueira

Meu Amor
Encontrei meu amor no caminho do mundo...
Abri minha alma inteira para lhe dar guarida,
E pelo amor de amar.
O trouxe para a vida.
Meu amor infinito é mais que um sentimento...
É um espírito de luz no espírito de ânsia
Que tenho dentro de mim...
Meu amor infinito é mais que um coração,
É uma vida votada a um grande sonho...
E por ser infinito,
Meu amor é um céu
Que cerca todo o Céu,
E cerca toda a Terra,
E venturas e dores,
Tristezas e alegrias,
E noite de procelas e luar,
E internissímos dias...
Só pelo amor de amar...

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Não Mais Só

Meu barco andou buscando um navegante
Que se esquecera ao longe e, muito embora
Venha das sombras de um país distante,
Vai demandando a luz da eterna aurora!

Quantas vezes chorei no barco antigo!
Eram tempos de trevas e tempestades,
Vagas de dor, em noites de perigo,
Chuvas de pranto, névoas de saudade...

Mas, um dia, Jesus deu-me a ventura
De revelar o viajante amado
O grande sonho, o anseio de ternura,
A esperança no porto desejado.

Desde então, o outro barco, enchendo as velas,
Vem, quase rente ao meu, sem descansar!
Não mais só!... Adeus morte, adeus procelas!
Nós dois sigamos pelo mesmo mar.

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(Textos - Nina Arueira)
(Fonte - Livro Novo Céu e Nova Terra)
(Imagens - Desconheço autor)

DEUS por Nina Arueira

Para obedecer às leis é preciso compreendê-las e sentí-las.
É preciso que elas estejam de acordo com a natureza – porque DEUS é uma natureza “infinita e incriada, que nunca teve princípio e nunca há de ter fim”.
DEUS é uma força infinita, e nós somos cada qual uma força.
DEUS é um credo infinito, e nós somos cada qual um credo.
DEUS é o oceano interminável, e nós somos cada qual um mediterrâneo, nas reentrâncias da terra.
É preciso lutar com as margens povoadas de répteis, e voltar, novamente, ao grande pélago.
É ignorância a obediência cega; é sabedoria a compreensão sem limites.
Creia em si, pois, o homem; o mundo é seu e o viver é seu; expanda-se, porque DEUS está muito além da simples crença e o coração muito além da inteligência; galgue-se o raciocínio, cruzem-se os horizontes, devastem-se os oceanos; afunde-se na crosta; multipliquem-se os esforços, porque DEUS está ainda muito depois do último esforço.
Nina Arueira
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(Fonte - Livro Novo Céu e Nova Terra)
(Imagem - Desconheço autor)

Lembrando Nina Arueira

Pequena Biografia da Pequenina:
Maria da Conceição Arueira (Nina Arueira) nasceu em 07 de janeiro de 1916, em Campos dos Goytacazes – RJ, faleceu jovem ainda vítima de febre tifóide, em 18 de março de 1935. O nome Nina veio do apelido Pequenina que recebera ainda criança e, aos poucos, foi convertendo-se em Nina.
“Apesar de muito criança, era um espírito maduro, forte e profundo. Não à atraía a vida mundana, nem os divertimentos próprios dos jovens e, ao tratar-se com ela, via-se logo que era um espírito altamente evoluído. A seu respeito certo doutor grandemente preparado, muito ilustrado, inteligência de escol, chegou a dizer-me: - Estive muito tempo na Europa e lá (e mesmo aqui) convivi com sábios, com escritores célebres, com homens da maior cultura e conhecimento, mas nunca dentre eles, apesar de espíritos maduros e grandemente evoluídos, encontrei o desenvolvimento intelectual, a lucidez de espírito, a compreensão fácil e a profundeza dos pensamentos de Nina. Não há a menor dúvida – esta menina é, incontestavelmente, um gênio! – Mas, sobretudo, encantavam-me a sua pureza d’alma e a grandeza de seu coração. Ainda que não pertencesse a nenhuma igreja religiosa, o seu espírito livre e ao mesmo tempo perfeitamente disciplinado, era profundamente cristão, pois todos os seus atos, ideais e pensamentos estavam sempre em perfeita harmonia com as doutrinas luminosas e purificadoras do Evangelho do Divino Mestre de Nazaré, em toda a sua pureza.” (Virgílio de Paula).
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(Fonte - Livro Novo Céu e Nova Terra)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Homenagem - Castro Alves

Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu em 14 de março de 1847, na vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, Estado da Bahia. Suas poesias são marcadas pela crítica à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". “O Livro e a América” é o primeiro poema de seu primeiro livro, “Espumas Flutuantes”, o único publicado em vida pelo poeta. Faleceu em 06 de julho de 1871 em Salvador-BA, aos 24 anos.

(...)
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar.
(...)
Bravo! a quem salva o futuro
Fecundando a multidão!...
Num poema amortalhada
Nunca morre uma nação.
(...)
(Trecho do poema “O Livro e a América”)
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“Numa poesia – assim penso até hoje – não há nada a explicar. É preciso vivê-la.” (Albert Schweitzer).
Pelo Dia Nacional da Poesia

Deus por Albert Einstein

“A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro.
Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.
Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.
Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880.
Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquados. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele Hse depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus. Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervêm no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos. Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias. Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.”
Albert Einstein

segunda-feira, 10 de março de 2008

As Ruazinhas

Eu amo de um amor que jamais saberei expressar
Essas pequenas ruas com suas casas de porta e janela,
Ruas tão nuas
Que os lampiões fazem às vezes de álamos,
com toda a vibratilidade dos álamos, petrificada nos troncos imóveis de ferro,
Ruas que me parecem tão distantes
E tão perto
A um tempo
Que eu as olho numa triste saudade de quem já tivesse morrido
Ruas como as que a gente vê em certos quadros,
Em certos filmes:
Meu Deus, aquele reflexo, à noite, nas pedras irregulares do calçamento,
Ou a ensolarada miséria daquele muro a perder o reboco...
Para que eu vos ame tanto
Assim,
Minhas ruazinhas de encanto e desencanto,
É que expressais alguma coisa minha...
Só para mim!
Mário Quintana

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(Foto - Praça Tiradentes, Ouro Preto )

domingo, 9 de março de 2008

Ainda pelo Dia da Mulher

"A mulher forte não é aquela que encontra rosas no seu caminho, mas aquela que as semeia." (Martha Medeiros).

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(Imagem - desconheço autor)

sábado, 8 de março de 2008

A Mulher

"Não te admires do que vou dizer, irmão Leão, e escreve: Oh! A mulher... é o mistério mais excelso da terra. Elas sentem o cheiro da morte, irmão Leão. As mulheres nasceram para dar vida e, onde ronda a morte, corporal ou espiritual, desde os tempos mais remotos, elas tiram energias para defender-se como feras. Sem a mulher, a Vida se extinguiria.
A mulher, irmão Leão, está sempre em contacto com a terra e a vida. E não te assustes com o que vou dizer: Deus, por ser fonte da vida, está mais perto da mulher, e ela mais perto de Deus. Sem o saber, elas são um pouco a verdadeira efígie de Deus. Lembro-me da grande senhora que foi dona Pica... E não te escandalizes com o que vou dizer, mas continua escrevendo: desde que conheci os mares profundos de minha mãe, dona Pica, sinto sempre a tentação de chamar Deus de Mãe."
(São Francisco de Assis).

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Pelo Dia Internacional da Mulher

"As mulheres são as guardiãs por excelência de tudo o que é puro e religioso na vida." (Mahatma Gandhi).

"O homem está colocado onde termina a Terra; a mulher, onde começa o céu." (Victor-Marie Hugo).

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(Fotos - Irmão Sol, Irmã Lua)

terça-feira, 4 de março de 2008

Seres Humanos

“Os seres humanos têm uma grande vantagem em relação a todos os outros seres vivos: o livre-arbítrio. Não somos impotentes como grãos de areia levados pelo vento, soprados pelo destino ao acaso. Somos, cada um de nós, como bonitos flocos de neve criados por Deus. Não existem dois flocos de neve iguais em todo o universo, assim como não existem duas pessoas iguais em todo o universo – nem mesmo os gêmeos idênticos. Cada um de nós nasce por uma razão e com um propósito específico, e cada um de nós morrerá quando tiver realizado tudo o que deveria realizar. Neste ínterim, depende da nossa vontade extrair o máximo de cada dia, de cada momento, de cada oportunidade.”

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(Texto – Dra Elisabeth Kübler-Ross)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Simples Lembrança

Para um Anjo que se fez criança.

sábado, 1 de março de 2008

Se...

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia…

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…

Se algum ressentimento,
Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou…

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio…

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu…

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…

Se, ainda incapaz
Para a beatitude das almas santas,
Precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito…

Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz…

Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou…

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos,
Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.

***
(Texto - Hermógenes)
(Imagem - desconheço autoria)
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