À MINHA
MÃE
São três
letras, apenas três; no entanto,
Delas fez
Deus o mais sublime poema
Poema de
amor, de luz, da luz suprema
Que nos
aclara a vida e enxuga o pranto.
Mãe é o
seu nome, desse eterno emblema
Do mais
puro sentir. Mãe, sacrossanto
Ideal
feito mulher, és um problema
Para quem
vive da descrença ao manto!
Quando do
esquife à beira, um filho choras,
Brotam-te
da alma límpidas auroras.
Nas
lágrimas que vertes de saudade...
E ao
ver-te assim, o próprio ateu se inclina
E crê num
Deus, e crê na voz Divina,
Porque em
ti se reflete a divindade!
Casimiro
Cunha
(Fonte:
Academia de Letras de Vassouras, 2002)
*****
*****
CARTA ÀS
MÃES
Minha irmã, se Deus te deu
A luz da maternidade
Deu-te a tarefa divina
Da renúncia e da bondade.
A Rosa de Nazaré,
Irradiando o perfume
De amor, de humildade e fé.
Que a paz de tua missão
É feita dessa ternura
Que nasce do coração.
Um luminoso sorriso
Da alegria dolorosa
Que te leva ao paraíso.
É ser prazer sobre as dores,
É ser luz, embora a estrada
Tenha sombras e amargores.
Que domina os escarcéus,
É ser nas mágoas da Terra
Um sacrifício dos céus.
.........................................
.........................................
Casimiro Cunha
(Fonte: Cartas do Evangelho,
Livro psicografado por Chico Xavier)
*****