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DOCE NATAL DE JESUS
(Autor
Desconhecido)
Pela
estrada silente em que o sol refulgia,
Sob as bênçãos de um céu tão límpido seguia,
A Virgem
Nazarena a bem-aventurada,
Pelo esposo José, feliz acompanhada.
Inda sorria ao longe a doce Galileia,
Vinham de Nazaré a Belém da Judeia,
Pois
sendo também, da casa de Davi,
Tinham conforme a lei de se alistar ali.
Foram de casa em casa em busca de hospedagem,
Nem tenda, nem albergue, nenhuma estalagem,
Possuía
uma casa, ou um lugar qualquer,
Onde passasse a noite a bendita mulher.
Abrigaram-se então em uma estrebaria,
O vento rodopiava e a noite estava fria
E
sem conforto algum, Maria reclinou-se
Ao lado de José em um riso franco e doce.
E cumprindo-se os dias em que daria a luz,
Nasceu-lhe forte e lindo o menino Jesus,
Em
panos o envolveu beijando a fronte loura,
Deitando-o depois na fria manjedoura.
- “Dorme filhinho meu, minha pobreza é enorme,
Mas sou rica de amor, filho querido dorme!”
José, porém, olhava aquele quadro lindo,
De Maria chorando e de Jesus sorrindo
E
não dizia nada, achava aquilo até
Um vislumbre do céu e um milagre da fé.
E naquele momento enfeitou-se o universo,
O vento sussurrou a harmonia de um verso,
O céu
se iluminou aos olhos das estrelas,
Abriram se os botões em rosas para vê-los.
Chegaram os pastores que guardavam seus rebanhos,
Os magos vieram com seus presentes tamanhos,
O
arvoredo com seus frutos sazonados,
Os pássaros no céu soltavam seus trinados.
E tudo e em toda parte era um brado de luz,
Ao mundo proclamando o natal de jesus.
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