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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Afinidade

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     Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois.
     Não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
     Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
     Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto sincero, no exato ponto em que foi interrompido.
     Ter afinidade com alguém é muito raro.
     Mas, quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar.
     Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
     Afinidade é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
     É ficar conversando sem trocar palavras.
     É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
     Afinidade é sentir com, não é sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
     Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
     É olhar e perceber.
     Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
     É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas.
     Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou, sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram.
     Foram apenas oportunidades dadas (ou tiradas) pela vida.
Arthur da Távola
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fórmula da Paz

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Amigo, desperta e vive,
Na Terra, a vida é batalha,
Em que o maior vencedor,
É aquele que mais trabalha.

Há dúvidas amargosas
Cortando-te o coração?
Procura diminuir
As dores de teu irmão.

Reparas, angustiado,
Teus sonhos ao desabrigo?
Há milhões na retaguarda,
Rogando-te o braço amigo.

A calúnia visitou-te
As fibras de lutador?
Intensifica, sem mágoas,
A sementeira do amor.

Há campo para a tristeza
Em tua vida mental?
Age sempre, combatendo
A sombra, a miséria e o mal...

Desânimos infecundos,
Moléstias daquilo ou disso?
São todos remediáveis
Pela expansão do serviço.

Se pretendes a vitória
Da vida ditosa e crente,
Ajuda sem distinção
E serve constantemente.

Casimiro Cunha
Psicografado por Chico Xavier
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(Imagem - desconheço autor)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um Pouco Sobre o Amor

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A doação de quem ama é um sol que se irradia.
O amor que pede retribuições é egoísmo.
O amor que exige pagamento é avareza.
O amor que busca reconhecimento é vaidade.
O amor que recebe para dar é usura.
O amor que calcula o resultado é interesse.
O amor que tem medo do mundo é covardia.
O amor que ordena e impõe é tirania.
O amor que sente ciúme é mesquinhez.
O amor que mede o que dá é cobiça.
O amor que espera receber é ambição.
Amor para ser amor tem que dar-se,
sem nada pedir... assim como o Sol.
Carlos Torres Pastorinho
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