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sábado, 24 de dezembro de 2011

Naquele Dia...

     Naquele dia Deus nosso Senhor concedeu a sua graça e de noite ressoou o seu louvor.
     Este é o dia que o Senhor fez, alegres exultemos por ele.
     Pois foi-nos dado um Menino amável e santíssimo, nascido por nós à beira do caminho e deitado numa manjedoura, porque não havia lugar na estalagem.
     Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
     Alegrem-se os céus, rejubile a terra, ressoe o mar com tudo o que contém, rejubilem-se os campos e o que neles existe!...
São Francisco de Assis
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Canção de Natal
Mestre Amado, agradecemos,
Em teu Natal de alegria,
A paz que nos anuncia
A vida superior...
Por nossa esperança em festa,
Pelo pão, pelo agasalho,
Pelo suor do trabalho,
Louvado sejas, Senhor!...

Envoltos na luz da prece,
Louvamos-te os dons supremos,
Nas flores que te trazemos,
Cantando de gratidão!...
Felizes e reverentes,
Rogamos-te, Doce Amigo,
A bênção de estar contigo
No templo do coração.
Casimiro Cunha
(Psicografado por Chico Xavier)
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domingo, 18 de dezembro de 2011

O Amor Não Amado...

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Eis que lá das estrelas, Ó Rei celeste,
tu vens nascer na gruta, num frio agreste.
Ó Menino, meu divino,
eu te vejo aqui tremer.
Ó Verbo Encarnado,
oh quanto te custou ter-me amado.

Eis faltam ao Senhor Deus das alturas
os panos e o calor das criaturas.
Meu divino Pequenino,
tal pobreza grande assim
mais me enternece
se penso que é o amor que te empobrece!

Gozando lá no céu toda a ventura,
tu sofres nessas palhas tantas agruras.
Doce eleito do meu peito,
aonde vais em teu amor?
Jesus, eu penso:
por que sofrer assim? – Ó amor imenso!

Mas se é tua vontade sofrer tanto,
por que chorar assim sentido pranto?
Terno Esposo, Deus ditoso,
meu Jesus, compreendo, sim,
Senhor querido:
tu choras, não de dor... – de amor ferido!

Tu choras porque sabes o meu pecado:
depois de tanto amor não ser amado...
Ó eleito de meu peito,
se o passado foi assim,
eu só reclamo
que tu não chores mais, porque já te amo!

E quando estás assim adormecido
teu coração não dorme, enternecido!
Deus amado, imaculado!
Em que pensas tu então?
"Penso na morte,
que hei de sofrer por ti!" – Que amor tão forte!

Morrer por mim, meu Deus, é teu anseio!
E que outro amor hei de eu trazer no seio?
Ó Maria, minha guia:
se não sei amar Jesus,
a ti eu chamo.
Amá-lo vem por mim, pouco o amo...
Santo Afonso Maria de Ligório
(Tradução de Caio Siqueira de Toledo)
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(Imagem - desconheço autor)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Prece do Natal

“Luz para alumiar as nações.” ( Lucas, 2-32)
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      Senhor Jesus!...
     Recordando-te a vinda, quando te exaltaste na manjedoura por luz nas travas, vimos pedir-te a bênção.
     Releva-nos; se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e aflição, quando nos envolves em torrentes de alegria.
     Sabes, Senhor, que temos escalado culminâncias... Possuímos cultura e riqueza, tesouros e palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos que voam no Espaço! Falamos de ti – de ti que volveste dos continentes celestes, em socorro dos que choram na poeira do mundo, no tope dos altos edifícios em que amontoamos reconforto, sem coragem de estender os braços aos companheiros que recolhias no chão...
     Destacamos a excelência de teus ensinos, agarrados ao supérfluo, esquecidos de que não guardaste uma pedra em que repousar a cabeça; e, ainda agora, quando te comemoramos o natalício, louva-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as portas do coração aos que se arrastam na rua!     Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso, Mestre, tão só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros... Desprezamos a sinceridade e caímos na ilusão, estamos ricos de ciência e pobres de amor. É por isso que, em te lembrando a humildade, nós te rogamos para que nos perdoes e ames ainda... Se algo te podemos suplicar além disso, desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dás e faze-nos mais simples!...
     Enquanto o Natal se renova, restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo de tua bondade sobre as nossas preces, e deixa, Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre as lágrimas de júbilo que nos vertem da alma, a sublime canção com que os Céus te glorificam o berço de palha, ao clarão das estrelas:
     - Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!
Emmanuel
(Livro Antologia Mediúnica do Natal
Psigrafado por Chico Xavier)
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dezembro...

     Dezembro... tempo de reflexão, de renovação e DOAÇÃO. Tempo de NATAL! Pois Natal é, em essência, buscar Jesus nos irmãos.

     "Cada vez que abaixamos os olhos e conseguimos ver nosso irmão necessitado, tendo a coragem de estender-lhe a mão, reerguendo-o para que caminhe ao nosso lado, estamos fazendo Jesus nascer dentro de nós."
(Leda Maria Flaborea)
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Senhor vem salvar teu povo
Das trevas da escravidão!
Só tu és nossa esperança,
És nossa libertação.

Contigo o deserto é fértil,
A terra se abre em flor.
Da rocha brota água viva,
Da treva nasce o esplendor.

Tu marchas à nossa frente,
És força, caminho e luz.
Vem logo salvar teu povo,
Não tardes Senhor Jesus.
(Hino do Advento)
(desconheço o autor)
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Tempo

     "O tempo é o advogado de todos. Fala sem palavra e exalta sem louros humanos. Confere a cada um segundo as próprias obras, a alegria ou a dor, a libertação ou o compromisso."
M. Augusta Bittencourt*
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     "Que mistério não é o tempo!
     O tempo porta toda vida e toda atividade aqui na terra lhe é sujeita.
     Pela cruz que o domina, o tempo não é apenas extensão; possui uma profundidade em razão de nossas raízes imortais. O tempo é beleza, é verdade, é virtude, é amor e é esperança. Admirar, compreender, amar, esperar e fazer o bem, isto é DURAR.
     O homem tem pelo menos o consolo e a nobreza de não por a eternidade onde não está. Mas o tempo não cumpriu suas promessas divinas. Nosso tempo perdeu o caminho.
     Que distância da verdadeira vida e aquilo que dela fizermos!"
Antonin Sertillanges
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     "O tempo é empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos."
Aparecida*
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(*Textos - psicografados por Chico Xavier)
(Imagem - desconheço autor)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tua Imagem...

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     "Quando pensei fazer a Tua Imagem com a minha vida, para que os homens a adorassem, eu trouxe a Ti o meu pó e os meus desejos, os meus sonhos e as minhas ilusões coloridas.
     Quando eu pedi que fizesses da minha vida uma imagem do Teu Coração, para que lhe desses o Teu Amor, Tu me trouxeste o Teu Fogo, a Tua Força, a Tua Verdade, a Tua Beleza e a Tua Paz."
Rabindranath Tagore
(Livro: "A Colheita")
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Repartir o Pão

      "A caridade sempre foi a força que me sustentou; tudo sempre valeu a pena, por causa dela... Quando ficava muito aborrecido comigo mesmo, com as minhas imperfeições e erros, procurava a periferia da cidade, visitando as favelas... Sempre encontrei na prática do bem a mensagem de consolação e o conforto espiritual de que me achava carente. (...) Trocava um pedaço de pão por energia para o dia seguinte."
(Chico Xavier)
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      Conta uma legenda da tradição franciscana: Certo dia se surpreendeu Francisco a si mesmo muito alegre porque começava a degustar Deus em todas as coisas. Saiu pelos caminhos cantando e convidando a cantar. Passou por um pessegueiro e lhe disse: “Pessegueiro, meu irmão, fale-me de Deus!” E o pessegueiro estremeceu um pouco como sacudido por brisa leve. E floresceu totalmente como se nele tivesse irrompido a primavera. Francisco saiu mais alegre ainda. Passou por um ribeirinho que se represava naturalmente junto a uma sombra benfazeja. Disse-lhe Francisco embriagado de Deus: “Ribeirinho, meu irmão, fale-me de Deus!” E as águas começaram a borbulhar como se quisessem falar. Depois foram se acalmando até criar-se um espelho de água cristalina. Francisco olhou atentamente para a profundidade. E viu lá dentro o rosto de sua querida Clara. Saiu radiante e mais alegre.
      Um pouco além encontrou, sentados num fio, um bando de passarinhos. “Passarinhos, meus irmãos, falem-me de Deus.” E os passarinhos começaram a piar e a repiar uma melodia que jamais se ouvira naquela região. Depois silenciaram. Formaram como uma cruz e subiram em flecha para o céu sereno. Francisco saiu cantarolando de alegria exuberante. Encontrou um homem com sua mochila às costas como se viesse de longa caminhada. Disse-lhe: “meu irmãozinho, fale-me de Deus!” E o irmão nada disse. Tomou Francisco pela mão e com carinho o conduziu consigo à cidade. Chegaram ao centro. Atravessaram a cidade e pararam na periferia onde moram os pobres. Foi à pequena praça, onde se busca a água escassa, onde estão as mulheres que lavam a roupa, os velhos que conversam, os mais pobres que esmolam, as crianças que brincam. Sentou-se junto à primeira roda. Abriu a mochila e foi distribuindo pão com mão generosa. Todos começaram a se aproximar. Recebiam o pão e se afastavam. A mão entrava e saia da mochila. O pão era distribuído fartamente.
      E na medida em que os homens repartiam entre si o pão recebido, uns ajudando os outros, o pão miraculosamente não faltava da mochila e bastava a todos os necessitados. Depois, muito grave, apenas olhou para o céu e disse: “Pai-nosso”. Em seguida olhando em volta apenas disse: “O pão nosso!” Francisco entendeu e não se continha de tanta alegria porque encontrara Deus no partir o pão e nos irmãos pobres e necessitados que repartiam entre si o pão recebido.
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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Francisco - um uomo di Dio!

         “Queria que os maiores se unissem aos menores, que os sábios se ligassem aos simples por um amor fraterno e que os afastados se sentissem ligados por um amor de união.” (São Francisco)
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        Subindo certa feita Frei Bonaventura, hortelão do convento da Porciúncula, o Monte Subásio com um confrade de país distante, perguntou-lhe o dito confrade o que seria a espiritualidade franciscana. Frei Bonaventura, homem simples e muito espiritual, com voz doce, respondeu:A espiritualidade franciscana é São Francisco. E quem é São Francisco? Basta dizer-lhe o nome e todos já têm a mesma idéia. E a idéia é esta: São Francisco ‘é um uomo di Dio!’ E porque era homem de Deus sempre viveu em tudo o essencial. Por isso era simples, cortês e terno para com todos, como Deus em sua misericórdia”.
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Tentando caminhar nas trilhas de São Francisco
Irmão que viveste na úmbria
acende estas palavras com a tua sombra
silenciosa companheira
fazendo-nos amar os caminhos.
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ensina tua alma amiga
a gostar dos ventos
vive profunda indefesamente
a ciência da esperança
ela é fiel
e a mais lúcida de tuas irmãs
ela vive a medida da desmedida
e ousa contemplar o segredo do tempo.
.................................................
Amar
único verbo
sereno a mover-se
sobre a ofuscante certeza da eternidade
irmão que um dia viveste na úmbria
senhor irmão aceso pelo amor
incandesce os nossos caminhos
mas tão profundamente
que possamos amar as sombras
e sem ódio ou temor
ver as estrelas perdidas no deserto olhar do lobo.
José Paulo
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Algumas palavras sobre o Amor

     "Não importa o quanto faças, mas sim o quanto amas." (Santo Agostinho)
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     Amor é devotamento,
     Nem sempre só bem-querer,
     Bendito aquele que dá
     Sem pensar em receber.
               (Sabino Batista, por Chico Xavier)
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     "Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se. Se escolher o mundo ficará sem amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo." (Albert Einstein)
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     "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes." (Albert Schweitzer)
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(Imagem - desconheço autor)

sábado, 27 de agosto de 2011

Viver, Agora

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Agora,
Viver é refletir
no que foi bom ou ruim,
mas passou:
Para sonhar de novo
com o que pode ser bonito
e mais forte,
porque bem enraigado
num solo que conheça
limites e escoamentos.
Viver é arriscar
Passos Novos,
onde haja a luz
do entendimento,
da paciência,
da consideração,
da ajuda,
do auto-respeito!
Viver é acreditar
na poesia e realidade
da ternura,
na energia de um sorriso calmo,
no poder da reconstrução
perene,
de cada dia.
Viver é até tremular
como lágrima que brilha,
porque vem do coração
que aprendeu
a suportar o inevitável,
sem jamais desistir.
Antonieta de Castro Sá
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(Imagem - desconheço autor)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Entardecer da Vida

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"No entardecer de nossas vidas seremos examinados no AMOR." (São João da Cruz )
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(Imagem - desconheço autor)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mensagem do Perdão

     Viver a simplicidade do ser, é viver a sabedoria do perdão e a eternidade do verdadeiro amor. (Rosinha Megdesian)
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      Filho meu, minha voz não despreza tuas pequeninas coisas de cada dia, mas delas se eleva para as grandes coisas de todos os tempos.
     (...) Ama o trabalho, mas com espírito novo; ama-o, não pelo que ele é propriamente, porém, como um ato de adoração a Deus, como manifestação de tua alma, nunca como febre de riqueza ou domínio. Não prendas tua alma aos seus resultados, que pertencem à matéria e, portanto, sujeitos à caducidade; ama, porém, o ato, somente o ato de trabalhar. Não seja a posse, o triunfo, a tua recompensa, mas sim, a satisfação íntima de haveres cumprido, cada dia, o teu dever, colaborando assim no funcionamento do grande organismo coletivo.
     (...) Desapega-te de tudo, inclusive do fruto de teu trabalho, se queres entrar na posse da paz. Ocupa-te das coisas da Terra, mas apenas o suficiente para aprenderes a desapegar-te delas.
     Toda construção deve localizar-se no teu espírito, deve ser construção de qualidades e disposições da personalidade, e não edificação na matéria, que é um remoinho de areia que nenhum sinal pode conservar.
     (...) Outro grande problema, que voz diz respeito, é o amor. Elevai-vos em amor, como deveis elevar-vos em todas as coisas, se quereis encontrar profundas alegrias. Martelai vossa alma, num íntimo trabalho de cada dia, que vos leva à conquista de amores sempre mais extensos, únicos que têm a resistência das coisas terrenas.
     Sabes que o amor se eleva do humano ao divino e que nessa ascensão ele não se destrói, mas se fortalece, aperfeiçoando e multiplicando-se. Segue-me e, então, poderás entoar o cântico do amor:
     “Meu corpo tem fome e eu canto; meu corpo sofre e eu canto; minha vida é deserta e eu canto; não há carícias para mim, porém todas as criaturas vêm à mim. Meu irmão de mim se aproxima como inimigo, para prejudicar-me, e eu lhe abro os braços em sinal de amor. Eu vos bendigo a todos vós que me trazei dor, porque com ela me trazeis a purificação, que me abre as portas do Céu. Minha dor é um cântico que me faz subir. louvado sejas, ó Senhor, pelo que é a maior maravilha da vida; que as pobres intenções malignas de meu próximo sejam para mim a Tua Bênção”.
     (...) Almas, almas eu peço. para conquistá-las vim das profundezas do infinito, onde não existe espaço nem tempo, vim oferecer-vos meu abraço, vim de novo dizer-vos a palavra da ressurreição, para elevar-vos até mim, para indicar-vos um caminho mais elevado onde encontrareis as alegrias puras.
     Vós vos identificastes de tal modo com a vida física que já não podeis sentir senão uma vida limitada como a do vosso corpo. Pobre vida, rápida e cheia de incertezas, enclausurada nas limitações de vossos pobres sentidos. Pobre vida, encerrada num ataúde, na sepultura que é o corpo a que tanto vos agarrais. Minha voz encerrará todos os extremos de vossas diferentes psicologias. Escutai-me!
     (...) Minha verdade é áspera e nua, contudo é a verdade. Peço o vosso esforço, mas dou a felicidade. Digo-vos: “Sofrei”, mas junto de vós estarei no momento da dor; com piedade maternal, velarei por vós; medindo todo o vosso esforço, proporcionarei as provas segundo vossa capacidade; finalmente, farei o que o mundo não faz: enxugarei vossas lágrimas.
     O mundo parece espargir rosas, mas na verdade distribui espinhos; eu vos ofereço espinhos, porém vos ajudarei a colher rosas.
     Segui-me, que o exemplo já vos dei. Levantai-vos, ó homens: é chegado o momento. Não venho para trazer guerra, mas, sim, paz. Não venho trazer dissensão às vossas idéias nem às vossas crenças: venho fecundá-las com meu espírito, unificá-las na minha luz.
     Não venho para destruir e sim para edificar. O que é inútil morrerá por si mesmo, sem que eu vos dê exemplo de agressividade.
     (...) Não venho para agredir, mas para ajudar; não para dividir, mas unir; não demolir, mas edificar. Minha palavra busca a bondade, antes que a sabedoria. Minha voz a todos se dirige. Ela é ampla como o universo, solene como o infinito. Descerá aos vossos corações, às vezes com a doçura de um carinho, outras vezes arrastadora como o tufão.
     (...) Homens, tremei! É supremo o momento. É por motivos supremos que do Alto desço até vós. Escutai-me: o mundo será dividido entre aqueles que me compreendem e me seguem e aqueles que não me compreendem e não me seguem. Ai destes últimos! Os primeiros encontrarão asilo seguro em meu coração e serão salvos; sobre os outros a Lei, não mais compensada pelo meu amor, descerá inelutavelmente e eles serão arrastados por um vendaval sem nome para trevas indescritíveis.
     Não vos iludais: reconhecei a minha voz. Reconhecei-a pela sua imensa tonalidade, pela sua bondade sem fronteiras. Algum homem, porventura, já falou assim? falo-vos de coisas singelas e elevadas, de coisas boas e terríveis. Sou a síntese de todas as Verdades.
     Não me oponhais barreiras de vossas almas, mas escutai, ponderai, deixai que este raio de luz que vem de Deus desça à vossa consciência e a ilumine. Eu vô-lo rogo, humilhando-me em vossa presença; humildemente, para vossa salvação, eu vos suplico: escutai a minha voz!
     (...) Escutai-me. Falo-vos com amor, imenso amor. Fui por vós insultado e crucificado, e vos perdoei; perdoo-vos ainda e ainda vos amo. Trago-vos a paz. Até junto de vós retorno para falar-vos de uma ciência que a vossa não conhece, para pronunciar-vos a palavra que nenhum homem sabe falar, palavra que vos saciará para sempre. Escutai-me.
     Minha voz conduzirá vosso coração a um êxtase que nenhuma vitória material, que nenhuma grandeza do mundo jamais vos poderá dar.
     (...) Quem sou eu? - perguntais-me.
     Sou o calor do sol matinal que vela o desabotoar da florzinha que ninguém vê; sou o equilíbrio que, na variação alternadora dos elementos, a todos garante a vida. Sou o pranto da alma quebrantada, em que desabrocha a primeira visão do divino. Sou o equilíbrio que, nas mudanças dos acontecimentos morais, a todos promete salvação. Sou o rei do mundo físico de vossa ciência; sou o rei do mundo moral que não vedes.
     Sempre me procurais, em toda a parte. Sempre mais profundamente vos escapo, de fibra em fibra, nas vossas mesas de anatomia, de molécula em molécula nos vossos laboratórios. Vós me procurais, dilacerando e dissecando a pobre matéria: mas eu sou espírito e animo todas as coisas. Não com os olhos e os instrumentos materiais, mas somente com os olhos e os instrumentos do espírito podereis encontrar-me.
     Sou o sorriso da criança e a carícia materna; sou o gemido daquele que corre implorando salvação; sou o calor do primeiro raio de sol da primavera, que traz a vida e sou o vendaval que traz a morte; sou a beleza evanescente do momento que foge; sou a eterna harmonia do universo.
     Sou Amor, sou Força, sou Ideia, sou Espírito que tudo vivifica e está sempre presente. Sou a lei que governa o organismo do universo com maravilhoso equilíbrio. Sou a Força irresistível que impulsiona todos os seres para a ascensão. Sou o cântico imenso que a criação entoa ao Criador.
     (...) A humanidade terrestre aproxima-se de sua unificação, numa nova consciência espiritual. Não vos insulteis, pois; antes, compreendei-vos uns aos outros. Que cada um concorra com o seu grãozinho para a grande fé e que esta vos torne todos irmãos.
     Que a religião, que é revelação minha, e a ciência, que é o vosso esforço e todas as vossas intuições pessoais se unam estreitamente numa grande Síntese, e seja esta uma síntese de verdade.
     Porque eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
(Mensagem de "Sua Voz" recebida pelo Prof. Pietro Ubaldi no dia 02 de agosto de 1932, dia do Perdão da Porciúncula, de São Francisco de Assis.)
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Lembrando o Dia do Amigo

     A AMIZADE verdadeira sorri na alegria, consola na tristeza, alivia na dor e se eterniza em Deus." (J. Calvet)
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     "Um AMIGO fiel é uma poderosa proteção; quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um AMIGO fiel. (Eclesiástico 6: 14-15)
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     "O AMIGO nos aquece;
     a AMIZADE sempre fala, ainda que no silêncio;
     com um bom AMIGO, nunca estamos sós;
     AMIZADE é afeto estendido;
     o dom da AMIZADE transcende as barreiras das raças;
     ser AMIGO é ser fiel..."
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(Imagem - desconheço autor)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Doçura da Pobreza

     "Um verdadeiro pobre é um nobre. Os vulgares não são pobres. Cortesia, irmão Leão, não só para com as pessoas, mas para com os animais e as coisas."

     "O Senhor não me chamou para ensinar como doutor, mas para viver como um pobre servidor."
 São Francisco de Assis
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Doçura da pobreza assim.
Perder tudo o que é seu.
Até o egoísmo de ser seu.
Tão pobre que possa apenas concorrer às multidões...
Dei tudo o que era meu.
Gastei-me no meu ser.
Fiquei apenas com o que há de toda gente em mim.
Doçura da pobreza assim...
Nem me sinto mais só, dissolvido nos homens iguais!
Mário de Andrade
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(Imagem - Desconheço autor)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Gratidão & Ternura

     “Procuremos, pois, todos nós, transformar a gratidão sentida em gratidão manifesta. Então haverá mais sol sobre a terra e maior impulso para o bem”. (Albert Schweitzer)
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     A amizade traz consigo as sementes do amor; a partir dela se desenvolvem relacionamentos profundos.
(Marlo Thomas)
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sábado, 18 de junho de 2011

Em Lembrança de Célia

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     "(...) aqui tão somente amamos muito a terra! Nossas árvores frutíferas nunca são cortadas, para que recebamos as suas dádivas e as suas flores. Os cordeiros nos dão lã preciosa, as cabras e as jumentas o leite nutritivo, mas não os deixamos matar, nunca. As laranjeiras e oliveiras são as nossas melhores amigas. Às vezes, é a sua sombra que fazemos nossas preces, nos dias de repouso. Somos, aqui, uma grande família. E os nossos laços de afeto são extensivos à Natureza.
     (...) As crianças sempre acreditaram que as lições de Jesus deviam sensibilizar os próprios animais e eu as tenho deixado alimentar essa convicção encantadora e suave."
Célia Lucius
(Livro: "50 Anos Depois")
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bens Eternos

        "É pequeno quem ama os bens terrenos; é grande quem ama os bens eternos." (Santo Antônio de Pádua)
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Óleo sobre tela Sant'Antonio da Padova inginocchiato davanti al Bambino Gesù
- Guercino e Benedetto Gennari (1650) -
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       "É imprescindível que o discípulo saiba organizar os seus esforços, operando no caminho do aperfeiçoamento individual, para a aquisição dos bens eternos." (Emmanuel - Psicografado por Chico Xavier)

     "Sábio é o homem que desfruta todos os momentos da vida, enriquecendo-se de bens eternos." (Nelso Malacarne)
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domingo, 8 de maio de 2011

Salve Rainha!

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Salve Rainha!
Mãe de tantas dores
Te ergo meus olhos,
cantando louvores.

 Rainha dos Anjos,
Recebe o meu preito
Mãe esplendorosa,
cola-me ao Teu peito
Envolve-me o pranto.

Toma nossos lares, famílias e amigos,
Tua mão bendita estende para nós
Apieda-Te dos nossos inimigos
Protege-nos, ampara-nos, Mãe de todos nós.

Traz ao mundo a Paz e a fraternidade
Ampara, acolhe, socorre, a humanidade
Excelsa e doce Mãe plena de bondade.

Leva nossas preces aos pés de Jesus
Mãe dos aflitos, que esteve ao pé da cruz.

Oh Virgem Santíssima
Mãe de tantos nomes
Maria de Nazaré,
Nossa Senhora é.
Excelsa mãe das dores.

Teu manto resplandecente
cubra a Terra inteira,
Nos eflúvios do Teu Amor Bendito
Alça-nos aos caminhos de luz no Infinito.

Traz-nos a PAZ!...
Neste mar de iniquidade
És Âncora da Fé,
Sublime Virtude,
Mãe da Caridade.
Manuela Neves
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Voz do Amor

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        Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta. A voz do amor ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras que os séculos não apagaram voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.
São Francisco de Assis
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Calvário Acima

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CALVÁRIO ACIMA

Eis a luta, alma querida,
Este é o roteiro da vida,
Se buscamos a ascensão...
Por fora, golpes e dores
Nos caminhos remissores,
E angústia no coração.

Tempestades, ventanias,
Horas tristes e sombrias,
Incompreensão a gritar!...
A terra empedrada e dura,
O desencanto e amargura,
No sonho a desesperar...

Mas, sigamos para a frente,
Embora a estrada inclemente,
De ombros vergados à cruz!
Vencendo a sombra e a agonia,
Alcançaremos, um dia,
O monte da eterna luz.

Subamos sem desalento...
A palma do sofrimento
É santa renovação,
Quem, com Jesus, segue e lida,
Atinge os cimos da vida
Ao sol da ressurreição.
João de Deus
(Livro: "Relicário de Luz" - Psicografado por Chico Xavier)
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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em Ti Senhor...

     “Em ti Senhor, residem todas as minhas esperanças”. (Dostoievski)

     Quanto ganharia o homem no mundo, - sem fé, sem lei, sem Deus, - se pudesse criar também assim!... Se desenvolvesse a força do espírito e da vida dentro de si mesmo. Se lançasse um olhar de sabedoria sobre este grande universo físico e descobrisse esse outro grande universo moral, em sua própria alma... Isso não é impossível, nem difícil.
     Queira o homem superar as forças da ilusão e pensar no eterno futuro. Deseje ele vencer o egoísmo, que não traz alegria nem paz, e se ponha em marcha sobre novas vias do espírito.
     Anseie o bem, renuncie a maldade.
     Sonhe a beleza que não morre, evada-se dos cárceres imundos.
     Semeie na luz perpetua, espere na compreensão tranqüila.
     E verá a benção da Providencia Divina.
     Consciente, feliz e forte, poderá, então, depositar no coração de Deus, todas as suas esperanças; o Senhor as abençoará; todos os seus sonhos o céu lhes dará corpo e forma, todos os seus anseios; a Eterna Sabedoria terá sempre a melhor solução...
Clóvis Tavares
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     Semhor, dá-nos mais caridade, mais abnegação, mais semelhança contigo.
     Ensina-nos a sacrificar nossa comodidade em proveito do nosso próximo.
     Ensina-nos a sacrificar nossos prazeres com o objetivo de fazer o bem.
     Faze-nos bondosos em nossos pensamentos, gentis em nossas palavras, generosos em nossas ações.
     Faze-nos aprender que é melhor dar do que receber, que é melhor nos esquecermos de nós mesmos do que nos colocarmos em primeiro lugar, que é melhor servir do que ser servido.
     E a Ti, Deus de Amor, sejam glória e louvor para sempre.
Henry Alford
(Tradução de Clóvis Tavares)
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     Uma singela homenagem, com eterno carinho e gratidão, ao PAI Clóvis Tavares.
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