*****
CELESTE
AMIGO, VEM!
Celeste Amigo, vem! Embora a noite escura
Transborde luto e dor, anseios e orfandade,
Nos caminhos sem pão, há treva e desventura,
Desesperos cruéis em meio a tempestade!
Celeste
Amigo, vem! Que a miséria se espalha...
Há gritos
de aflição na sombra que se adensa,
Há
prantos de viuvez e estrondos de metralha,
Duelos da
ambição e abismos da descrença...
Celeste Amigo, vem! Que há lázaros à espera,
Cegueira, lepra, morte, angústia e intemperança,
Traze, Senhor, de novo, a doce primavera,
Da paz que desabrocha aos honos da esperança.
Celeste
Amigo, vem! Que o mundo aguarda aflito
O divino
fanal de Tua inspiração!
Dá-nos,
Senhor Jesus, o Teu olhar bendito!
Na
alvorada de amor da eterna redenção!
Nina Arueira
*****
(Psicografado por Francisco Cândido Xavier,
em Pedro
Leopoldo-MG, 01/04/1944)