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domingo, 27 de abril de 2008

Verdadeira Finalidade da Vida

A única finalidade da vida é crescer. A suprema lição é aprender como amar e ser amado incondicionalmente. Há milhões de pessoas no mundo que estão passando fome. Há milhões sem um teto. Há milhões que sofrem violências. Há milhões de pessoas que padecem de invalidez. Todos os dias, mais alguém clama por compreensão e compaixão. Escutem o som de suas vozes. Escutem como se o chamado fosse música, uma linda música. Posso garantir que as maiores recompensas da vida inteira virão do fato de vocês abrirem seus corações para os que estão precisando. As maiores bênçãos vêm sempre do ajudar aos outros.

Elizabeth Kübler-Ross
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(Foto - desconheço autor)

A Flor e o Beija-flor

A flor e o beija-flor
amor por amor
sem falar a flor
a beija o beija-flor
o diálogo do amor
com amor é amor .
Paulo Master
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(Foto - Flávio Brandão)

sábado, 26 de abril de 2008

“Almas Desoladoramente Frias...”

Almas desoladoramente frias
De uma aridez tristíssima de areia,
Nelas não vingam essas suaves poesias
Que a alma das cousas, ao passar, semeia...

Desesperadamente estéreis e sombras
Onde passas (triste aura que as rodeia!)
Deixam uma atmosfera amarga, cheia
De desencantos e melancolias...

Nessa árida rudeza de rochedo,
Mesmo fazendo o bem, sua mão é pesada,
Sua própria virtude mete medo...

Como são tristes essas vidas sem amor,
Essas sombras que nunca amaram nada,
Essas almas que nunca deram flor...
Raul de Leoni
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Raul de Leoni nasceu em Petrópolis-RJ em 30 de outubro de 1895. Em 1919 publica seu primeiro livro de poemas “Ode a um poeta morto”, dedicado à memória de Olavo Bilac. Faleceu em Petrópolis-RJ, em 21 de novembro de 1926. Sobre ele e sua obra escreveu Fernando Py (poeta, crítico literário e tradutor): “Existe em Raul de Leoni um curioso procedimento técnico-estilístico a aproximá-lo, e não por acaso, da poesia de Augusto dos Anjos... foi neoparnasiano de fortes acentos simbolistas, não fugiu a influência de sua própria geração. Raul de Leoni legou-nos uma obra pequena, mas significativa e singular, que certamente ainda há de ser muito lida e estudada enquanto houver interesse pela grande e genuína poesia do nosso tempo”.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Transubstanciação

Esta chance em que existo há de tornar-se um dia,
Em húmus germinal, em seiva fecundante,
Decompondo-se em Pó, há de ser a energia
De vidas que sobre ela hão de viver adiante...

Será fonte, Princípio, a tábida apatia
De um movimento novo intérmino e constante,
Sua ruína será a feraz embriogenia
De outros tipos de Vida, instante para instante.

Há de um horto florir por sobre o seu passado.
Borboletas iriais e anêmonas olentes,
Vidas da minha Morte, eu mesmo transformado...

E, assim, irei buscando a Perfeição perdida,
Vivendo na Emoção de seres diferentes
Que a Morte é a transição da Vida para a Vida...

Raul de Leoni

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(Foto - Desconheço autor)

domingo, 20 de abril de 2008

Escolha Sábia

Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor, lembre-se: se escolher o mundo, ficará sem amor, mas se escolher o amor com ele conquistará o mundo.
(Albert Einstein)
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No dia 18 de abril completou-se mais um ano do falecimento de Albert Einstein que ocorreu em 1955, aos 76 anos. A foto acima foi a última tirado do grande cientista que dizia que: "Se não fosse físico, seria provavelmente músico".

sábado, 19 de abril de 2008

Pelo Dia do Livro Espírita – 18 de Abril

" Naître, vivre, mourir, renaître encore et progresser sans cesse, telle est la loi.”
Traduzindo:“Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, esta é a lei.”

Dia 18 de Abril é o dia em que se comemora o Dia do Livro Espírita por ser o dia em que foi publicado O Livro dos Espíritos.
O Livro dos Espíritos (Le Livre des Esprits) é o primeiro livro da doutrina espírita publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, em 18 de abril de 1857, sob o pseudônimo Allan Kardec. É uma obra básica do espiritismo, apresentada na forma de perguntas e respostas, totalizando 1.019 tópicos. Foi o primeiro de uma série de cinco livros elaborados pelo pedagogo sobre a Religião Espírita, do qual ele foi seu Codificador. A primeira edição, lançada no Palais Royal, na capital francesa, continha 550 perguntas, só a partir da segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec, passou a ter as atuais 1019 perguntas e respostas.
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Palavras de André Luiz:
“Observe o cinema, o rádio, a televisão e outras formas de arte buscando conhecer. Mas atenda ao livros espíritas, que ensinam a discernir.”

“Todas as formas de arte são importantes e válidas para nossa educação e elevação. Mas o bom livro espírita é aquele que ensina a selecionar a arte que exprime verdadeira beleza, que valoriza e dignifica o ser humano.”

“Enriqueça o ambiente próprio com fatores diversos de conforto e alegria. Mas recorde que o livro espírita é bênção de Jesus, aprimorando a vida com você e em você.”

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Bons Amigos

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
Machado de Assis
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(Imagem - Baixaki)

domingo, 13 de abril de 2008

Presença do Amor

Deus te abençoe o pão que dás à porta
Aos romeiros cansados da agonia,
O teto aos que se vão em noite fria
Na dor em que a nudez se desconforta.

Deus te abençoe o raio de alegria
Com que a força da fé se te transporta
No rumo da esperança semimorta
Para trazê-la à glória de outro dia.

Deus te abençoe por tudo quanto fales
Para extinguir tristezas, dores, males
Que se amontoam na penúria imensa...

Deus te abençoe, porém, com mais ternura
A presença da paz e da ventura
De todo amor que dês sem recompensa...


Auta de Souza
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Para um coração paterno que abrigou os filhos de outros pais, amparando a todos espiritualmente, neste dia de lembranças e saudades.
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(Imagem - desconheço autor)

sábado, 12 de abril de 2008

Amar é Eterno

(Fotomontagem - Sayô)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Aliança Divina

Após o dilúvio, disse Deus a Noé: "Este é o sinal da aliança que estabeleço entre mim e vós e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações que virão. Ponho meu arco nas nuvens como sinal de minha aliança com a Terra".
(Gn 9: 12-13)
De tempos em tempos, na nossa história humana, Deus coloca também seu arco-íris diante dos olhos de um homem, enchendo seu coração com sua doçura. Este homem aparece então como o irmão de todas as criaturas. Ele vive da aliança e para a aliança.
O dom deste homem ao mundo é sem dúvida a verdadeira resposta à pergunta angustiante que nos fazemos: Será que a fraternidade é possível entre os homens? A que preço? Só se o ser humano se colocar a si mesmo com grande humildade, entre as criaturas, dentro de uma unidade de criação, e respeitando todas as formas de vida, inclusive as mais humildes, ele poderá esperar um dia formar uma verdadeira fraternidade com todos os seus semelhantes. A fraternidade humana passa por esta fraternidade cósmica que nos abre à doçura do Criador para com toda a sua obra.”
Éloi Leclerc
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(Imagem - desconheço autor)

Importante

Em tempos de Dengue,

Até cachorro anda com dor de cabeça.

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Importante saber que o mosquito da Dengue é nosso, doméstico, criando dentro dos lares; ele não esta nas águas paradas das ruas, mas sim dentro de casa. É preciso vigiar sempre toda a casa e eliminar toda água parada para, assim, salvarmos vidas.

domingo, 6 de abril de 2008

A Palavra na Criação

A criação não é contada sob a forma de uma vitória alcançada por uma divindade guerreira. Nela não se encontra nenhum traço de combate ou de confronto. O ato criador nada tem de violento e muito menos de sangrento. É o ato de uma Palavra soberana e serena: Deus disse e assim se fez.
Freqüentemente foi sublinhada a onipotência da Palavra criadora. Mas será que foi observada sua serenidade e sua infinita doçura? Pode-se objetar que ela é cortante como um gládio: não é ela que separa nitidamente a luz das trevas, as águas que estão sob o firmamento daquelas que estão acima, a terra firme da imensidão das águas dos mares?
A Palavra separa, de fato, mas sem nada excluir. Ela separa, mas é para compor. Compõe como um artista que pinta um quadro com cores diversas e até contrastantes. Nada é rejeitado, tudo é ordenado. Cada coisa é colocada em seu lugar. E de cada uma delas está escrito: “E Deus viu que tudo estava bom”. Cada uma suscita um êxtase e o conjunto se desdobra sob o signo da harmonia, da aliança: o dia corresponde à noite, a tarde à manhã, a Terra ao céu.
Aliança, harmonia, não só entre os diversos elementos que compõem o universo, mas também entre as diferentes espécies de viventes.
Éloi Leclerc
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(Imagem - desconheço autor)

sábado, 5 de abril de 2008

São Francisco e o Crucificado

Francisco encontrou o Crucificado nos crucificados dos caminhos, nos hansenianos e nos pobres. Só então o Crucificado de São Damião lhe falou. Desde então um terno sentimento de com-paixão o fazia mergulhar mais e mais na paixão de Cristo. Os estigmas antes de se cravarem nas mãos começaram a cravar-se no coração.
Não há em Francisco dolorismo ou exaltação da cruz pela cruz. Há sim a irrupção vulcânica de um amor que busca identificação com o Amado que não é amado. No coração não reina tristeza segundo o mundo mas compaixão segundo Deus. Por isso a alegria só se opõe à tristeza mas não ao sofrimento assumido por amor à pessoa sofrida.
A luz atravessa a cruz e lhe transfigura a realidade. Agora não é mais tormento mas símbolo do amor sacrificado.
Se o hábito não faz o monge, o monge faz o hábito, Francisco quis vestir um hábito em forma de cruz para marcar seu corpo com o sinal da cruz que trazia no coração. Fez o hábito de um saco, com a corda e o capuz. É marrom, da cor do húmus, da terra.
A pessoa deve ser humilde como a terra que tudo acolhe pacientemente: a vida da semente, a morte do corpo, a água preciosa e casta e o fogo belo e jucundo, vigoroso e forte. Não cabe envergonhar-se das origens humildes e terrenas de nossa existência. Importa fazer-se terra com a terra, respeitando seus ciclos, apreciando seus frutos e flores e amando-a como nossa irmã, a mãe terra.
Leonardo Boff
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(Imagem - Túnica que pertenceu a São Francisco, conforme alguns estudiosos)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Pequena Homenagem a um Grande Homem de Deus

HUMILDE LEMBRANÇA
Comoveram-me muito estas palavras de uma confissão do Mahatma Gandhi: “Não sou um homem de letras, nem um cientista, mas pretendo humildemente ser um homem de oração. Foi a oração que salvou a minha vida”...
Neste cinqüentenário do mandato mediúnico de Francisco Cândido Xavier, o humilde e bom Chico Xavier, inúmeros corações recordam seu inegável valor, nos polivalentes aspectos de sua missão gloriosa.
Sua magnífica obra espiritual – cento e cinqüenta volumes psicografados... Seu trabalho assistencial junto aos sofredores e aos humilhados da terra dos homens... Seu inesgotável amor, a repartir-se em pão da vida entre milhões de filhos do Calvário... Sua paciência sobre-humana ante os gemidos e o clamor dos aflitos... Suas virtudes de servidor fiel do Evangelho no lar e fora do lar, junto aos bons e aos desgarrados, para com os pobres e para com os ricos, entre os sorrisos das criancinhas e nos vales da sombra da morte...
Tudo está sendo lembrado e meditado, para nossa edificação, nos templos e nos lares espíritas, com o mais vivo sentimento de gratidão, ao recordarmos este meio século de trabalho e de renúncia, de luz e de martírio desse Discípulo Fiel, de coração mais alvo do que a neve...
Quis Deus, em sua Misericórdia, agraciar-me com a amizade protetora de nosso amado Chico. É tesouro cujo valor não sei calcular. São quarenta e um anos em que meu pobre espírito tem recebido, incessantemente e prodigamente, do coração e das mãos do Apóstolo, benefícios espirituais sem conta e sem medida...
Não sei, não saberia, não poderia, em minha penúria total, encontrar expressões de louvor e reconhecimento.
“Diante disso, depois disso...” – repito com Rui – falecem-me as possibilidades de manifestar o sentimento agradecido.
Mesmo assim, ouso acentuar um aspecto, uma faceta da alma luminosa que todos reverenciamos.
À semelhança de Gandhi, Chico não é um homem de letras, nem um teólogo, nem um cientista. Contudo, além dos títulos mais valiosos que estes, que estão registrados na Eternidade, ele é um homem de oração.
Isso significa, nem mais nem menos, que é uma alma profundamente identificada com o Plano Divino. Tenho tido a ventura de testemunhar (tanto quanto possível, sem ferir a privacidade de sua vida) a sublime vivência espiritual do nosso admirável Amigo. É ele um verdadeiro filho de Deus, nascido e renascido do Espírito. É um coração que ternamente se reclinou junto ao coração do Mestre Divino, traduzindo sem palavras, mas numa vida inteira, as sístoles e diástoles da Alma Sublime de Jesus, seu refúgio e fortaleza.
E nesse espírito de comunhão com o Alto ele tem nobremente vivido, e tem sofrido dores que o mundo desconhece, e tem realizado milagres de amor, e tem socorrido multidões torturadas e sofredoras. Tudo em nome de Deus, e por amor de Deus, e para glória de Deus.
Permitam-me parafrasear os pensamentos de Gandhi, a quem também muito amo e muito devo: não sou entendido em ciências, nem homem de letras, nem teólogo, nem erudito em coisa alguma, mas pretendo humildemente, ser um homem de oração. Também a mim, foi a oração que me salvou a vida. E agora alegro-me nesta confissão: foi com Chico Xavier que aprendi a orar...
Devo-lhe cornucópias de bênçãos. Rendo graças a Deus por sentir-me o menor dos servidores de Seu grande servo, buscando aprender a ser humilde servidor do Reino.
Santo Amigo, Amorável Benfeitor, Mensagem Viva de Deus: Vejo-te qual gaivota de luz, ora em altíssimos vôos pelas Esferas e Santuários do Céu, ora pousando serenamente no Coração da Rocha dos Séculos... E mal posso balbuciar: Chico querido, Deus te abençoe, Deus te abençoe!...

Clóvis Tavares
(Campos dos Goytacazes, julho de 1977)
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Hoje Chico estaria completando 98 anos de uma vida santificada. Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo-MG no dia 02 de abril de 1910, começou sua missão mediúnica em 08 de julho de 1927, aos 17 anos; na ocasião da Humilde Lembrança ele completava 50 anos de mandato mediúnico e tinha psicografado 150 livros, atualmente passam dos 400 livros e ainda estão sendo lançados livros inéditos. Faleceu em Uberaba-MG, no dia 30 de junho de 2002 aos 92 anos de idade, as vésperas de completar 75 anos de mediunidade.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Cumprindo Tarefa

CINCO AO CUBO

Recebi uma tarefa de Marilac do Sentimentos e Palavras que demorei um pouco para cumprir.

Sobre mim:
1 – Sou alguém que acredita no amor e é movido por esse sentimento.
2 – Sou silencioso, prefiro mais ouvir que falar.
3 – Sou persistente, por vezes teimoso, mas sempre respeitando o outro.
4 – Sou muito ligado à família e aos amigos, aos quais procuro cuidar e preservar.
5 – “Sou vida, vida que em si mesma é realização ao lado de outras vidas”; por isso compartilhar é essencial para mim.

O que gosto:
1 - Do amor e de amar, busco ser fiel aos meus amores.
2 – Da natureza, de estar próximo dela e me sentir integrado a ela; assim sinto Deus.
3 – Da arte, em especial a música (Clássica e MPB) e a poesia (com toda sua diversidade).
4 – Dos meus animais, percebo cada vez mais que recebo mais que dou a eles.
5 – De viajar (principalmente com amigos) conhecendo lugares, também através das leituras e sonhos.

O que não gosto:
1 – Da mentira e da falsidade, de pessoas que são assim busco distanciar-me.
2 – Da injustiça e da violência, principalmente com crianças, animais e árvores.
3 – Do barulho e da música barulhenta, que me incomodam profundamente.
4 – Da solidão, de me sentir sozinho; o que não significa que não goste de estar só por vezes.
5 – De me expor e ficar em evidência, pelo orgulho que ainda trago em mim.

Ainda Sobre a Dor

VOZ NO CORAÇÃO

Alma irmã!...
Não me condenes.
Venho ofertar-te
Renovação e experiência
E mostrar-te nos outros
Os irmãos do caminho
Que amam, sofrem e aprendem
Qual te acontece,
A fim de que te movas
Ao sol da compaixão.
Venho mostrar-te ainda
O peso que há na culpa
E o valor do perdão.
Sobretudo, sou eu
Quem te revela
A grandeza do amor.
Na luz da compreensão.
Peço: não me censures.
Venho em nome de Deus,
Sou tua dor.
Meimei

**********************

A DOR

É a justa reação da Lei que livremente transgredistes e que exige o retorno ao equilíbrio; instrumento de ascensão, a dor vos aponta o caminho de que fugistes; impõe-vos reabrirdes vossa alma, fechada pelas alegrias fáceis que infelizmente vos cegam, para que alcanceis júbilos mais altos e verdadeiros. A dor é uma força que vos constrange a refletir e a buscar em vós mesmos a verdade esquecida. É imposição de um novo progresso.
Abraça com alegria esse grande trabalho que te chama a realizações mais amplas. Se não fosse a dor, quem te forçaria a evolver para formas de vida e de felicidade mais completas?
Não te rebeles; pelo contrário, ama a dor. Ela não é uma vingança de Deus e sim o esforço que vos é imposto para mais uma conquista vossa.
Não a amaldiçoes, mas apressa-te a pagar o débito contraído pelo abuso da liberdade que Deus te deu para que fosses consciente. Abençoa essa força salutar que, superando as barreiras humanas, sem distinção transpõe todas as portas, penetra o que é secreto, e fere, e comanda, e dispõe, e por todos se faz compreender. Abraça a dor, ama-a, e ela perderá sua força. Aceita a indispensável escola das ascensões. Se te revoltares, tua força nada conseguirá contra um inimigo invisível e a violência, em retorno, mais impetuosamente cairá sobre ti.Coragem! Ama, perdoa e ressuscita! Não procures nos outros a origem de tua dor, mas, sim, em ti mesmo, e arrepende-te. Lembra-te de que a dor não é eterna, porém uma prova que dura até que se esgote a causa que a gerou. Tua dor é avaliada e não irá jamais além de tuas forças. O mundo foi criado para a alegria e a alegria lhe voltará. Da outra margem da vida, outras forças velam por ti e te estendem os braços, mais do que tu ansiosas pela tua felicidade.

Pietro Ubaldi

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(Imagens - desconheço autores)

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