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domingo, 28 de setembro de 2008

Grande Coisa é o Amor!

Grande coisa é o amor! É um bem verdadeiramente inestimável que por si só torna suave o que é difícil e suporta sereno toda a adversidade. Porque leva a carga sem lhe sentir o peso e torna o amargo doce e saboroso. O amor tende sempre para as alturas e não se deixa prender pelas coisas inferiores. O amor deseja ser livre e isento de todo apego mundano, para não ser impedido no seu afeto íntimo nem se embaraçar com algum incômodo. Nada mais doce do que o amor, nada mais forte, nada mais sublime, nada mais amplo, nada mais delicioso, nada mais perfeito ou melhor no céu e na terra; porque o amor procede de Deus, e em Deus só pode descansar, acima de todas as criaturas.
Quem ama, voa, corre, vive alegre, é livre e sem embaraço. Dá tudo por tudo e possui tudo em todas as coisas, porque sobre todas as coisas descansa no Sumo Bem, do qual dimanam e procedem todos os bens. Não olha para as dádivas, mas elava-se acima de todos os bens até Àquele que os concede. O amor muitas vezes não conhece limites, mas seu ardor excede a toda medida. O amor não sente peso, não faz caso das fadigas e quer empreender mais do que pode; não se escusa com a impossibilidade, pois tudo lhe parece lícito e possível. Por isso de tudo é capaz e realiza obras, enquanto o que não ama desfalece e cai.
Frei Tomás de Kempis
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A doce e terna imagem acima, de Geisa Cruvinel, nos apresenta a grandeza do amor através da pureza e espontaneidade de duas lindas crianças, que num gesto simples de afeto nos fazem refletir na essência sublime do amor.

sábado, 20 de setembro de 2008

Viver & Plantar

Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque a gente não pode desistir da vida.
Martin Luther King
A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.
Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes.
Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe...
Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"
Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.
Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!
Infelicidade, talvez seja o contrário.
O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!
Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra.
Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.
Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...
Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.
Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...
Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...
Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.
Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.
Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.
Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...
A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."
Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.
Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.
Pe Fábio de Melo
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O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
Cora Coralina
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A imagem acima, que desconheço autor, me fez refletir na beleza da vida, de como a vida surge e delicadamente floresce, mesmo que singelamente, num meio aparentemente adverso e hostil, onde parece não haver mais esperança e encontra-se só marcas de sofrimentos. A vida suavemente vai reaparecendo, demonstrando que tudo supera e que sempre há esperança. Importante é não desistir, seguir em frente, para que ela possa frutificar e que esses frutos sejam bons.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O Que Mais Sofremos

O que mais sofremos no mundo.
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar - lhes os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
Albino Teixeira
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(Foto - desconheço autor)

domingo, 14 de setembro de 2008

Silêncio e Entrega

As grandes verdades só se comunicam através do silêncio.
Claudel
O objetivo do silêncio é tornar-nos mais abertos para Deus, de modo que Deus possa encher nossas realizações, nosso pensar e nosso agir. O silêncio deve tornar-nos transparentes para o espírito de Deus, de modo que Deus possa assumir a direção em nós. Não somos nós, com nossa estreiteza e nosso egoísmo, que determinamos a nossa vida, mas sim o próprio espírito de Deus, ao qual no silêncio nós nos entregamos e em quem depositamos nossa confiança.
Anselm Grün
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Verdadeiro silêncio é aquele que é pleno de amor: silêncio que reza... silêncio que observa... silêncio que esquece de si...
Duret
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Singela Lembrança


Versos escritos na primeira página do
“IMITAÇÃO DE CRISTO”
Quando meu pobre coração doente
Cheio de mágoas, desolado e aflito,
Sinto bater descompassadamente,
Abro este livro então: leio e medito.

Leio e medito nesta voz celeste
Que vem de Além, qual mensageiro santo,
Trazer um ramo de oliveira agreste
Aos que navegam sobre o mar do pranto.

Meus pobres olhos sempre rasos d’água,
Por um instante deixam de chorar;
E nas asas da Prece a minha mágoa
Vai-se um momento para além Mar.

E dentro d’alma, nua de esperança,
Eu penso ouvir como n’um sonho doce
Alguém que fala n’uma voz tão mansa
Como se o eco de um suspiro fosse.

“Vem a mim se padeces; no meu seio
Corre a fonte serena da Alegria...
Eu sou Aquele que sorrindo veio
Dourar as trevas da Melancolia.

Eu sou um branco e pálido sorriso
Iluminando a tua solidão:
Faze de minha Cruz um Paraíso
E de meu Coração teu coração.

Faze-te humilde, humilde e pequenina,
Como as crianças como os passarinhos...
Escuta e guarda a minha lei divina,
No sacrário ideal dos meus carinhos.

Não sabes quanto padeci no Horto,
Por ti, por teu amor, filha querida?
Eu sou o Anjo formoso do conforto,
Venho trazer o bálsamo à ferida.

Carrega a tua Cruz e vem comigo
Pela estrada da Dor e do Tormento.
Eu serei teu irmão, teu sol, o amigo
Que em lírios mudará o sofrimento.

Venho trazer a Paz... Longe da terra
A Paz habita... Ao pé do Santuário,
Ó minha filha, a doce paz se encerra
Dentro da História, dentro do Sacrário.

Felizes os que sofrem e no meu seio
Recolhem suas queixas como preces;
Volta o pesar ao Céu de onde ele veio...
Feliz, ó sim! Feliz tu que padeces!”

E a mesma voz escuto, o mesmo canto,
De cada vez que o meu olhar ungido
Cai docemente neste livro santo,
Lembrança amiga de um irmão querido.

Amo tanto o meu livro, ele é tão puro,
Consola tanto o coração aflito!
Ah! Desta vida no caminho escuro
Ele será meu talismã bendito!
Auta de Souza
*****
Nota Biográfica: “Auta de Souza nasceu em Macaíba, pequena cidade do Rio Grande do Norte, em 12 de setembro de 1876; educou-se no Colégio São Vicente de Paulo, em Pernambuco, sob a direção de religiosas francesas; e faleceu em 07 de fevereiro de 1901, na cidade de Natal. Uma biografia simples como os seus versos e o seu coração...”. Palavras de Henrique Castriciano, irmão de Auta.
Ficou órfã de mãe antes dos três anos de idade, e de pai antes dos cinco anos; tendo sido criada por sua avozinha Dindinha, que se lhe tornara mãe extremosa. A ela dedicou os versos abaixo:
Minh’alma vai cantar, alma sagrada!
Raio de sol dos meus primeiros dias...
Gota de luz das regiões sombrias
Da minha vida triste e amargurada.

Minh’alma vai cantar, velhinha amada!
Rio onde correm minhas alegrias...
Anjo bendito que me refugias
Nas tuas asas contra a sina irada!
Tristão de Ataíde ao prefaciar a 3ª edição do livro Horto (único livro que Auta escreveu em vida), disse: “Sua poesia alcançou uma intensidade de sentimento cristão que até hoje não envelheceu (...). Auta de Souza sofreu unida à Cruz do Salvador. E foi esse o grande, o luminoso consolo de sua vida. Fez versos por amor da Poesia, por um amor tocante, puríssimo, da Poesia e não para aparecer ou comunicar uma mensagem. Fez versos para si e para aqueles que mais de perto a cercavam. Nunca sonhou com a glória literária. Nem mesmo com esse eco que só depois de morta veio encontrar no coração dos simples, onde toda uma parte dos seus poemas encontrou a mais terna repercussão. E esse sentimento de absoluta pureza é o que mais encanta nos seus poemas. Auta de Souza viveu em estado de graça e os seus versos o revelam de modo evidente.”
Ao refletir sobre sua morte escreveu:
Quando eu deixar a terra, dá-me flores
Boiando à tona de um sorriso teu;
Que os risos das crianças são andores
Onde os anjos nos levam para o céu...
Quando eu deixar a terra, quero flores!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

É Preciso

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta
nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer
de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer
o nosso rosto,
o nosso nome,
o som da nossa voz,
o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer
é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser
como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos severos conosco,
pois o resto não nos pertence.
Cecília Meireles
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(Fonte da foto - www.imagens.kboing.com.br)

sábado, 6 de setembro de 2008

Aprendendo com a Vida

Coisas que a vida ensina depois dos 40
Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Haicai - cumprindo tarefa

A Rose, do Eternessências..., propôs um desafio interessante, que de início achei complicado, mas resolvi realizar e após algumas tentativas escrevi um que não sei se está totalmente certo conforme os critérios, no entanto, coloco-o abaixo para avaliação dos amigos.

Na foto, que desconheço autor, apresenta-se uma cerejeira em floração, onde no Japão chama-se de “Sakurá” e é o símbolo da felicidade. Acredita-se que a palavra “Sakurá” seria derivada do nome da princesa Konohana Sakuya Hime, que significa “a princesa da árvore de flores abertas”; conta a lenda que esta princesa desceu do céu e aterrissou em uma cerejeira. Elas só florescem uma vez por ano e dura cerca de uma semana, suas folhas caem com a chegada do outono deixando os galhos nus durante todo inverno para desabrochar em flor trazendo a primavera. Nesta época realiza-se a festa denominada “hanami”, que significa "ver as flores" e ocorre ao ar livre debaixo das cerejeiras em floração.

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