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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Pelo dia de NATAL

Deus chegará esta noite, meus irmãos. Deus chegará à meia-noite e responderá a todas as expectativas. Deus virá montado em um humilde burrinho, virá no seio de uma Mãe Pura. Deus virá esta noite e trará presentes. Trará uma caixinha de ouro cheinha de humildade e de misericórdia. A ternura virá pendurada em seu braço. Deus virá esta noite.
Deus virá esta noite e amanhã vai raiar o grande dia. Deus virá esta noite e a casa vai encher-se de perfume de violetas e papoulas.
Deus virá esta noite, e ferirá com um raio de luz as escuridões e mostrará seu rosto para todas as pessoas. O Senhor sairá do Oriente e, avançando sobre as águas libertadoras, chegará até nós, na mesma noite, e não haverá mais correntes.
Deus virá esta noite, arrancará as raízes do egoísmo e as sepultará nas profundidades do mar. Deus virá esta noite e nos indicará os caminhos, e nós avançaremos por suas sendas. O Senhor está para chegar com resplendor e poder. Virá com a bandeira da Paz e nos infundirá Vida Eterna.
São Francisco de Assis
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Tu, que eras mais rico do que qualquer esplendor,
te tornaste pobre por causa do amor.
Fizeste os tronos renderem-se à manjedoura,
e os palácios, revestidos de ouro,
ao estábulo humilde, de posse pouca .
Tu, que eras maior do que qualquer governador,
te tornaste pequeno por causa do amor.
Abaixando-te tanto, elevaste os simples e pecadores,
consolaste os aflitos e sofredores,
dando-lhes esperança e alívio as suas dores.
Tu, que és Santo, muito acima de qualquer louvor,
te tornaste homem por causa do amor.

(Texto adaptado do original de Frank Houghton por Irmão Sol, Irmã Lua)

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(Imagem de Nick Mancini)

domingo, 20 de dezembro de 2009

E tu, Belém

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De longe vinham eles, ao passo grave dos camelos. Silenciosos, olhos fixos na estrela grande que lhes era fanal e bússola. Ansiedade na alma, as mãos cheias de dádivas, os lábios prontos à oração.
Gaspar, Baltazar, Melchior, ouro e púrpura nos mantos de riqueza bárbara, ouro, incenso e mirra nos cofres preciosos, seguem o caminho luminoso que os leva à adoração daquele que nascera Rei dos Judeus.
Em que palácio faustoso iriam encontrar o Divino Infante? A que artista inspirado fora entregue a madeira preciosa, o marfim de preço, as pedrarias rutilantes que serviriam para talhar e guarnecer o berço da criança predestinada?
Escurece... Os três magos são, agora, três silhuetas exóticas contra o cenário da noite cheia de doçura. A estrela-guia brilha mais, ganha tonalidades de diamante talhado em facetas que são outras tantas estrelas... E no coração dos homens que buscam o Enviado um grande receio se avoluma. Poderão aproximar-se do recém-nascido? Serão as dádivas que transportam recebidas com agrado? Sentem-se cheios de respeitoso temor.
Porque é o Rei dos Judeus que eles vão encontrar. É Aquele que vem em nome do Senhor. É a Força, é a Glória, é a Onipotência.
Surge o casario de Belém.
A estrela para. Um filete de luz flui do grande fanal e desce a apontar o retiro da Sagrada Família. Gaspar, Baltazar e Melchior, mudos de espanto, descem dos camelos que já se ajoelham, conhecendo que já tinham chegado ao termo da longa busca.
O palácio do enviado é, então, a manjedoura rústica, que ali se lhes depara?
Os magos entram... O palácio é de pedra, o berço filigranado é um monte de palha loura. Os cortesãos são pastores; o calor que anima o corpo tenro do Menino é o hálito dos animais que o rodeiam.
Um homem se inclina sobre o palheiro e há nos seus olhos a humildade eternecida, que faz alegre o olhar paterno...
Uma radiosa criatura manem nos braços a dádiva que lhe veio do céu e toda ela é êxtase e ternura. É, em toda plenitude, Maria, Cheia de Graça.
Os magos, aturdidos, tombam de joelhos. É aquele bocadinho de carne rósea e branda o Senhor de Israel, o Verbo feito homem? A Força, a Glória, a Onipotência?
O Menino sorri, e os poderosos viajantes sentem o coração inundado de luz. Ali está, diante dos seus olhos ansiosos, a Doçura, a Humanidade, a .
Grande paz e silêncio ungido de preces reina agora.
Lentamente, Gaspar, Baltazar e Melchior abrem os cofres preciosos que de tão longe trouxeram.
O ouro rola, empanado o brilho pela fulguração da palha humilde em que se reclinam a Mãe e o Filho. A mirra expande-se, em perfume menos doce do que o sorriso do Rei dos Judeus. O incenso envolve a Sagrada Família, roça a cabeça dos pastores em adoração, aquieta-se em nuvem odorífera.
Gaspar, Baltazar e Melchior se inclinam. Há mais temor, ainda, em suas almas. Já não receiam por Ele. Temem por Ele. Tão desarmado e frágil entra no mundo brutal, surge a enfrentar Herodes, a espalhar entre os ímpios as palavras da e do Perdão, Aquele que veio em nome do Senhor...
Três silhuetas exóticas contra o cenário da noite cheia de doçura.
Voltam aos seus régios palácios Gaspar, Baltazar e Melchior. Levam as mãos vazias. Deixaram, aos pés do Menino, ouro, incenso e mirra. E levam o coração cheio de Amor. De Amor que é a mirra, que é o incenso, que é o ouro da vida.
E tu, Belém, terra de Judá, de nenhum modo és a menor entre as capitais de Judá: porque de ti sairá o Pastor que há de apascentar o meu povo de Israel”.
Nair Lacerda
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Belém, Casa do Pão

"E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade... Ele se manterá firme, e apascentará o povo na força do Senhor, na majestade do nome do Senhor seu Deus; e eles habitarão seguros, porque agora será ele engrandecido até os confins da terra. Este será a nossa paz."
(Miquéias 5:2,4-5)


Então convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.

(Mateus 2:4-6)

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Oh, pequenina cidade de Belém,
como nós a vemos ali tão tranquila!
Sobre seu sono profundo e sonhador
as silenciosas estrelas reluzem:
em suas ruas escuras já brilha
a luz perpétua;
as esperanças e temores
de todos os anos
encontraram-se em você.

(Phillips Brooks)
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(Imagem - desconheço autor)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Difícil Decisão

DEZEMBRO!
Mês de elevação e renovação!
Mês de refletir, de pensar no grande Amor de Deus manifestado no nascimento de um pobre e Santo Menino entre simples e dóceis animais.



"E Deus amou o mundo de tal maneira que lhe deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". (Jo 3:16)

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Senhor, ensina-nos a receber as bênçãos do serviço!
Ainda não sabemos, Amado Jesus, compreender a extensão do trabalho que nos confiaste!
Permite, Senhor, possamos formar em nossa alma a convicção de que a Obra do Mundo te pertence, a fim de que a vaidade não se insinue em nossos corações com as aparências do bem!
Dá-nos, Mestre, o espírito de consagração aos nossos deveres e desapego aos resultados que pertencem ao teu amor!
Ensina-nos a agir sem as algemas das paixões, para que reconheçamos os teus santos objetivos!
Senhor Amorável, ajuda-nos a ser teus leais servidores,
Mestre Amoroso, concede-nos, ainda, as tuas lições,
Juiz Reto, conduze-nos aos caminhos direitos,
Médico Sublime, restaura-nos a saúde,
Pastor Compassivo, guia-nos à frente das águas vivas,
Engenheiro Sábio, dá-nos teu roteiro,
Administrador Generoso, inspira-nos a cultivar o campo de nossas almas,
Carpinteiro Divino, auxilia-nos a construir nossa casa eterna,
Oleiro Cuidadoso, corrige-nos o vaso do coração,
Amigo Desvelado, sê indulgente, ainda, para com as nossas fraquezas,
Príncipe da Paz, compadece-te de nosso espírito frágil, abre nossos olhos e mostra-nos a estrela de teu Reino”

Aniceto
(Livro: “Os Mensageiros”)
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Fábula do Porco-espinho

A amizade é uma benevolência recíproca que torna os seres humanos igualmente cuidadosos uns dos outros. (Platão)
Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram...
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.
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Recentemente recebi esta fábula, que já conhecia de muitos anos atrás. Ouvi-a, pela primeira vez, numa aula da mocidade de nossa Escola Jesus Cristo, em que a minha memória já não registra mais o amigo que a recordou. Porém, desde esse dia nunca mais a esqueci, pois ela nos fala de forma encantadora do sagrado valor da AMIZADE. Algo que sempre tive como uma das coisas mais preciosas da vida. Por isso concordo com Aristóteles quando ele diz: "O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos."
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(Fotos – desconheço autor)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Respeito à Vida

"Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras,
E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã e mãe Terra,
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas."
(São Francisco de Assis)
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No Abraço da Terra

Quando o índio se inclina para a Terra, ele ouve uma voz suave, como a melodia do canto com que uma mãe acalenta o seu filho. E se o pudesses ver nesse momento, vê-lo-ias sorrir qual criancinha.
Enquanto coloca as sementes nas covas, sua mão acaricia a Terra e seu olhar enche-se de ternura.
Depois o índio vai e deita-se para repousar no chão, que é para ele como o colo da mulher amada.
O amor nas noites do índio a dormir abraçado com a Terra, envolvido com o ar e coberto com as estrelas do céu, é uma coisa que só ele conhece e não a conta a ninguém.
É assim com muitas coisas que existem só para ele. Se não as tivesse, que teria ele ainda? Pensa nisto como queiras, mas se quiseres saber dele alguma coisa, empenha-te por descobri-la e não lhe faças perguntas.

(Antonio Medíz Bolio )

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A ética consiste, pois, em que eu sinta a necessidade de ter o mesmo respeito para com toda vontade de viver que com a minha própria. Com isto nos é dado o necessário princípio básico para que possamos imaginar a ética. Bom é o que preserva e favorece a vida; mau é o que destrói e impede a vida.

(...) O homem só é verdadeiramente ético quando obedece à necessidade de ajudar a toda vida a que pode ajudar, e que se envergonha de causar dano a todo e a qualquer ser vivo. Ele não se pergunta até onde esta ou aquela vida tem valor para merecer participação, nem se, ou até onde, ela ainda é capaz de sentir. Para ele a vida em si é santa. Não arranca nenhuma folha das árvores, não quebra uma flor, e toma cuidado para não pisar em nenhum inseto.

A ética é a responsabilidade por tudo quanto vive, estendida além de todos os limites. Definir ética como o comportamento que visa o respeito diante da vida nos parece, em sua generalidade, uma definição fria. Mas esta é a única definição completa. A compaixão é por demais restrita para que a consideremos como a essência da ética. Pois compaixão designa somente o participar na vontade de viver de quem está sofrendo. Mas faz parte da ética compartilhar de todas as situações e de todas as aspirações da vontade de viver, de seu prazer, de seu desejo de viver plenamente, como igualmente de seu impulso para a perfeição.

(Albert Schweitzer)

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Longe da natureza.
o coração do homem se endurece.
Falta de atenção
para o que cresce e vive
também leva logo
à falta de atenção
para com as pessoas.
(Lame Deer)

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(Imagem - desconheço autor)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Eles Vivem

"Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? A morte foi tragada pela VIDA."

(I Cor 15:55)

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"Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor. Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxungando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.
Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida.
Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material.
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro do Novo Despertar."
Emmanuel
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"A crença na Vida Superior é atividade da ALMA."
"A ideia da morte não serve para aliviar, curar ou edificar verdadeiramente. É necessário difundir a ideia da vida vitoriosa. Aliás, o Evangelho já nos ensina, há muitos séculos, que Deus não é Deus de mortos, e, sim, o Pai das criaturas que vivem para sempre."
Aniceto
(Livro: "Os Mensageiros")

terça-feira, 27 de outubro de 2009

“Lembranças à Escola Jesus Cristo”

Bem-aventurada a Escola Jesus Cristo, a oficina que habilita os servos fiéis para o Senhor e para a Eternidade!
(Severino)
(Foto - Fachada da Escola Jesus Cristo na década de 40)
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Templo
Escola amiga que encerras
Um templo de luz divina,
Teus ofícios de doutrina
São hinos de amor e luz!
As tuas preces são bênçãos,
Teu breviário – é a bondade,
Teu altar – a Humanidade,
Teu sacerdote – é Jesus!
Casimiro de Abreu
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Se desejas luz e paz,
Eis, meu amigo, que insisto,
Na tua vinda, hoje mesmo,
À Escola de Jesus Cristo.
Casimiro Cunha
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Em tudo daí graças. (I Ts 5:18)

A gratidão é o único tesouro dos humildes.
(William Shakespeare)

Neste dia de doces recordações e muita saudade, dia de reconhecer e agradecer o amparo divino, em especial por essa “Casa de Bênçãos”, é com sincera humildade em terna oração que rogo ao Senhor por essa Escola amada, nos seus 74 anos de existência.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Doce Abandono

Quão desvairados são os que, por gozar este sopro de vida tão breve, se expõem a perder o descanso daquela que para sempre há de durar.
Quão mutável é a fortuna: sempre muda de um lugar para outro!
O verdadeiro amor não busca a si, sim ao que ama.

(São Pedro de Alcântara)
"Quando todas as seguranças falham, quando todos os apoios humanos estão por terra e voaram enfeites e roupas, a pessoa, nua e livre, encontra-se quase sem querer nas mãos de Deus.
Um homem despojado é um homem entregue, como essas aves implumes que estão felizes nas mãos cálidas do Pai.
Quando não se tem nada Deus transforma-se em tudo.
Deus está sempre no centro.
Quando todos os revestimentos caem, aparece Deus.
Quando todas as esperanças sucumbem, Deus levanta o braço da esperança.
Quando os andaimes arriam, Deus transforma-se em suporte e segurança.
Só os pobres possuirão a Deus.
"
(São Francisco de Assis)
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“Do santo abandono no Senhor nasce a liberdade do espírito que possuem as pessoas virtuosas. Nelas se encontra toda a felicidade que se pode desejar nesta vida. Nada temendo, nada querendo e nada cobiçando das coisas do mundo, tudo possuem.”
(Santa Teresa de Ávila)
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(Imagem - Cidade de Assis, torre da Catedral)

domingo, 4 de outubro de 2009

Pelo dia do "Poverello" de Assis

"Em toda minha vida, a única coisa que fiz foi amar, e o primeiro mandamento do amor é deixar viver os viventes. (...) De minha parte, eu procurei ser o irmão menor entre os viventes, principalmente entre os mais frágeis."
(São Francisco de Assis)
O Signore,
Fa si che io sia uno strumento della Tua pace,
Dove è ódio, fa che io semini amore,
Dove è offesa, fa che io semini perdono,
Dove è dubbio, fa che io semini fede,
Dove è disperazione, fa che io semini speranza,
Dove è oscurità, fa che io semini luce,
Dove è tristezza, fa che io semini gioia,

O Divino Maestro,
Concedi che io non tanto possa cercare
Di essere consolato che di consolare,
Di essere compreso che di comprendere,
Di essere amato che di amare,
Perchè è nel dare che noi riceviamo,
Nel perdonare che noi siamo perdonati,

Ed è nel morire che siamo rinatti alla vita eterna.
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Acima a Oração de São Francisco (também chamada de Oração da Paz) em italiano, sua língua materna, como terna e singela lembrança pelo seu dia, desejando que ele abençoe a todos os amigos que por aqui passam.
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sábado, 26 de setembro de 2009

Ainda sobre a Humildade

“É a humildade que atrai a alma a Deus.” (Dadi Janki)
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Humildade lhe ensina a arte de voar. Mas se influências negativas, internas ou externas, trouxerem você para baixo, lembre-se que a raiz disso é o ego. Ego é muito sutil e por isso não é facilmente detectado. Ele trabalha de forma subterrânea, minando a fundação da verdade. Muitas coisas podem dispará-lo: comentários das pessoas, críticas, circunstâncias. Fique alerta, preste atenção em você. Mantenha sua humildade com auto-respeito. Não permita que nada toque suas asas. Simplesmente continue a voar.”
Dadi Janki
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"Há muitas pessoas que falam bastante em humildade, mas nunca revelam um gesto de obediência. Jamais realizaremos a bondade, sem começarmos a ser bons. Alguma coisa pequenina há de ser feita, antes de edificarmos as grandes coisas. O Senhor ensinou, muitas vezes, que o reino dos céus está dentro de nós. Ora, é portanto em nós mesmos que devemos desenvolver o trabalho máximo de realização divina, sem o que não passaremos de grandes irrefletidos."
Isabel
(Livro: "Os Mensageiros")
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"Qual o caminho para a humildade?
- Aprenda a esquecer-se. Fale pouco. Ouça mais."
Chico Xavcier
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Humildade

"Quanto maiores somos em humildade, tanto mais perto estamos da grandeza." (R. Tagore)
“Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.


Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.


Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.


Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.


E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”

Cora Coralina
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Assim desejo VIVER, acolhendo a "Dama Pobreza" no coração!
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(Fotomontagem - Blog Meditando)

sábado, 12 de setembro de 2009

Relembrando Auta

Neste dia que recordamos a doce e querida Auta de Souza, peço licença ao inestimável amigo e irmão Celso Vicente, para postar suas belas e ternas palavras sobre a inesquecível poetisa, que foram publicadas no informativo “O Farol”, da Escola Jesus Cristo, em setembro do ano passado.
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No mês que anuncia a chegada da primavera, volto meu olhar para uma graciosa flor do jardim de Deus: Auta de Souza. Sim, uma flor humilde e delicada, que nossa Escola Jesus Cristo reverencia como eterna benfeitora. Afeiçoada às flores e às demais criaturas da Natureza.
Auta se manifestava ao inesquecível Chico Xavier cercada de um suave perfume de jasmim, sua flor predileta, fato que meus pais, Clovis e Hilda, inúmeras vezes testemunharam, sempre debaixo de profunda emoção.

Quando começa a raiar
O dia cheio de amor,
Eu gosto de contemplar
O coração de uma flor
(Auta de Souza)



Auta de Souza trouxe-nos de volta os seus versos perfumados, aconselhando os que sofrem por amor de Cristo a socorrerem os que suportam a privação do amor humano, nos quadros da viuvez, da orfandade, da solidão. E se a nossa doce poetisa exprime tão sabiamente seu pensamento sobre a dor, é porque ela soube sofrer no curso de sua breve vida terrena, sustentada pelo seu amor a Jesus e a Maria.
As poesias de Auta de Souza, recebidas por Francisco Cândido Xavier, são de tal modo solidárias, que nos foi possível compor um soneto cujos versos pertencem a diferentes poesias de sua coletânea mediúnica (as fontes entre parênteses), todas extraídas do volume Auta de Souza, edição comemorativa de seu centenário. Que a bondosa poetisa me perdoe este arranjo de seus versos espirituais, mas o que desejo é tão somente mostrar que as suas palavras apontam sempre para o mesmo alvo: Jesus!
Vamos juntos vencendo a noite escura, (“Vamos juntos”)
A tormenta frenética lá fora, (“Paz em Prece”)
Entre as sombras da mágoa que aprimora, (“Lágrimas”)
Nas estradas da vida ingrata e dura. (“Senhora da Amargura”)
Alivia a aspereza da amargura, (“No Livro D`Alma”)
Nas empedradas trilhas de quem chora!... (“Alguém na Estrada”)
Suporta a sombra que precede a aurora, (“Bendize”)
Por mais te doa a mágoa que tortura. (“Serve Sorrindo”)
Acende, fervoroso, a luz da prece, (“Cenáculo Divino”)
Deus responde em ti mesmo e te esclarece, (“Mensagem Fraterna”)
Restaurando de novo a Celeste Doutrina. (“Prece a Jesus”)
Luta, chora, padece, mas confia, (“Página de Fé”)
A cruz que te aguilhoa, dia a dia, (“Segue e Confia”)
Será teuprêmio na Mansão Divina. (“Escuta”)
Celso Vicente Mussa Tavares
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sábado, 5 de setembro de 2009

Viver como as Flores

As flores desabrocham para continuar a viver, pois reter é perecer.
Khalil Gibran

As Duas Flores
São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.


Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.


Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.


Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Castro Alves
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(Foto - Irmão Sol, Irmã Lua)

domingo, 30 de agosto de 2009

Celebrando a Vida

Porque setembro vem chegando, com ele a primavera onde a VIDA ressurge em flor.

A VIDA
Na água do rio que procura o mar;
No mar sem fim; na luz que nos encanta;
Na montanha que aos ares se levanta;
No céu sem raias que deslumbra o olhar;

No astro maior, na mais humilde planta;
Na voz do vento, no clarão solar;
No inseto vil, no tronco secular,
— A vida universal palpita e canta!

Vive até, no seu sono, a pedra bruta . . .
Tudo vive! E, alta noite, na mudez
De tudo, — essa harmonia que se escuta

Correndo os ares, na amplidão perdida,
Essa música doce, é a voz, talvez,
Da alma de tudo, celebrando a Vida!

Olavo Bilac
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(Imagem - Paisagem em Floração do open4group.com)

sábado, 22 de agosto de 2009

Bênçãos do Criador

Recentemente recebi por e-mail a interessante foto a baixo, de autoria que desconheço, dizendo ser o Sorriso de Deus. Penso, melhor seria defini-la como sendo a natureza a sorrir, transmitindo-nos as Bênçãos do Criador.
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Na casa da Natureza,
O Pai espalhou com arte
As bênçãos de luz da vida,
Que brilham em toda parte.

Essas bênçãos generosas,
Tão ricas tão naturais,
São notas de amor divino
Na esfera dos animais.

Não te esqueças: no caminho,
Praticando o bem que adores,
Busca ver em todos eles
Os nossos irmãos menores.

Casimiro Cunha
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cântico ao Senhor

Tu és santo, Senhor Deus único, que fazes maravilhas.
Tu és forte, Tu és grande, Tu és Altíssimo.
Tu és o Bem, todo Bem, Sumo Bem.
Senhor, Deus vivo e verdadeiro.
Tu és caridade e amor, Tu és sabedoria.
Tu és humildade, Tu és paciência, Tu és segurança.
Tu és quietude, Tu és consolação, Tu és alegria.
Tu és formosura, Tu és mansidão.
Tu és nosso protetor, guardião e defensor.
Tu és nossa fortaleza e esperança.
Tu és nossa doçura.
Tu és nossa vida eterna, grande e admirável Senhor.
São Francisco de Assis
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Hoje o Blog “Irmão Sol, Irmã Lua” completa mais um ano e, com imenso carinho, sinceramente agradeço a todos “fratellos” e “sorellas” que por aqui passam e por vezes deixam suas palavras ternas e francas em comentários que só enriquecem. Singelamente rogo ao querido “Poverello” de Assis a bênção e o amparo a todos vocês.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Relembrando Santa Clara de Assis

É profética a conhecida afirmação de Tomás de Celano: "Foi nobre de nascimento e muito mais pela graça. Foi virgem no corpo e puríssima no coração; jovem em idade, mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Rica em sabedoria sobressaiu na humildade. Foi Clara de nome, mais clara por sua vida e claríssima em suas virtudes. Sobre ela foi edificada uma estrutura das mais preciosas pérolas, cujo louvor não vem dos homens, mas de Deus. É impossível compreendê-la com nossa estreita inteligência e apresentá-la em poucas palavras". (1 Cel 8, 18-19)
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Vaso da humildade,
Armário da castidade,
Ardor da caridade,
Doçura da bondade,
Força da paciência,
Vínculo de paz e comunhão de familiaridade,
Mansa de palavra, doce nas atitudes, em tudo amável e bem aceita.
Neste espelho de vida as irmãs contemplaram os caminhos da vida.
Na beleza deste nome um modo de ser.
Na grandeza deste nome a dignidade de ser mulher e santa.
Na força deste nome um programa de vida.
Clara Mãe, Clara Irmã, rogai por nós!
Frei Vitório Mazzuco Filho
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Francisco como era impressionável, deixava-se abater com facilidade e, nesses momentos, a fortaleza feminina de Clara era o seu precioso refúgio. Nos últimos anos, muitas vezes “ferido” no combate pelo ideal, Francisco de Assis procurou e encontrou em Clara a consolação e a segurança.
Inácio Larrañaga
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Oração à Santa Clara
Clara, santa cheia de claridade,
Irmã de São Francisco de Assis,
Intercede pelos teus devotos
Que querem ser puros e transparentes.
Teu nome e teu ser
Exalam o perfume das coisas inteiras
E o frescor do que é novo e renovado.
Clareia os caminhos tortuosos
Daqueles que se embrenham
Na noite do próprio egoísmo
E nas trevas do isolamento.
Clara, irmã de São Francisco,
Coloca em nossos corações
A paixão pela simplicidade,
A sede pela pobreza,
A ânsia pela contemplação.
Te suplico, Irmã Lua,
Que junto ao Sol de Assis
No mesmo céu refulge,
Alcança-nos a graça que,
Confiantes vos pedimos.
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!
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domingo, 9 de agosto de 2009

Oração do Abandono

Por ser hoje o Dia dos Pais (pai que nesta vida não conheci) e por perceber a vida se declinando, onde começamos a ter necessidade maior de despojamento e “vontades” deixam de existir, ficando só o desejo de compreender e seguir a única e verdadeira VONTADE, é que faço desta bela “Oração do Abandono” uma oração de agradecimento, reconhecimento e entrega ao Pai Supremo.
Meu Pai,
entrego-me a vós,
fazei de mim o que for do vosso agrado.
O que quiserdes fazer de mim, eu vos agradeço.
Estou pronto para tudo, aceito tudo,
desde que vossa vontade se realize em mim,
em todas as vossas criaturas;
não desejo outra coisa, meu Deus.
Deponho minha alma em vossas mãos,
eu vo-la dou meu Deus, com todo o amor do meu coração,
porque vos amo
e porque, para mim, é uma necessidade de amor dar-me
e entregar-me em vossas mãos, sem medida,
com uma confiança infinita, pois sois meu Pai.

Charles de Foucauld
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(Imagem - desconheço autor)

domingo, 2 de agosto de 2009

Dia do Perdão

PERDOAR é devolver ao outro o direto de ser feliz.
(Jorge Luiz Brand)
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Quem PERDOA abre o caminho
Da vitória contra o mal.
Conquista, desde a Terra,
A glória espiritual.
(Casimiro Cunha)
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Esqueçamos o mal. PERDOAR “setenta vezes sete” é recomendação para cada dia. (Nina Arueira)
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A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre a tarde do dia 1 de agosto e o pôr-do-sol do dia 2 de agosto.
A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do ano de 1216. São Francisco assim falou, à imensa multidão de povo que o escutava, anunciando a Indulgência: “Quero mandar-vos todos para o Paraíso. Nosso Senhor o Papa Honório concedeu de voz esta indulgência. Pela qual tanto vós que estais aqui presentes, como aqueles que neste dia, nos anos subseqüentes, vierem a esta igreja, com o coração bem disposto, e estiverem verdadeiramente arrependidos, terão o PERDÃO de todos os seus pecados.”(Palavras de Johannes Joergensen, biógrafo de São Francisco).
Importante ressaltar que para recebermos o PERDÃO é fundamental, além do espírito de humildade, termos o coração aberto para PERDOAR o outro. Por isso nos afirmou Jesus: "Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas" (Mt 6: 15).
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(Imagem - desconheço autor)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Repensando a Vida

Por sentir-me “contemplando o passado com os olhos voltados para a eternidade”, é que partilho com os amigos o texto de Leonardo Boff, que traz uma reflexão profunda e pessoal sobre a vida e o envelhecer ao completar seus 70 anos.
Completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida. Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira. Esta possui uma dimensão biológica, pois irrefreavelmente o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas. De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.
Mas há um outro lado, mais instigante. A velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então entramos no silêncio. E morremos.
A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer. Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo: "na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior" (2Cor 4,16). A velhice é uma exigência do homem interior. Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Esta identidade devemos encará-la face a face.
Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis. (...) Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Então deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: Afinal, quem sou eu? Que sonhos me movem? Que anjos que habitam? Que demônios me atormentam? Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério? Na medida em que tentamos, com temor e tremor, responder a estas indagações vem à lume o homem interior. A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do Inefável.
Este é o desafio para a etapa da velhice. Então nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina. Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida. Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria. É ilusão pensar que esta vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.
Por fim, importa preparar o grande Encontro. A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte. Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a Última Realidade, feita de amor e de misericórdia. Aí saberemos finalmente quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.
Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: "contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade".
Leonardo Boff
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(Imagem - desconheço autor)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Poema de Amigo Aprendiz

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar,
e sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente nem presente por demais,
simplesmente, calmamente, ser-te paz...

É bonito ser amigo.
Mas, confesso,
é tão difícil aprender!
E por isso
eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto
de lembranças!
Dá-me tempo
de acertar nossas distâncias!


Pe Zezinho
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Uma forma singela de homenagear e agradecer a todos vocês no Dia do AMIGO.
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OBS.: Há quem dica que o poema acima seja de Fernando Pessoa, ou mesmo de autor desconhecido, mas a fonte de onde o transcrevi diz ser de Pe Zezinho. É um pequeno livreto publicado pelas Edições Paulinas, com alguns textos sobre amizade.
(Imagem - desconheço autor)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Anjo de Quatro Patas

Existem pessoas que não gostam de cães.
Estas, com certeza, nunca tiveram em sua vida um amigo de quatro patas.
Ou, se tiveram, nunca olharam dentro daqueles olhos para perceber quem estava ali.
Um cão é um anjo que vem ao mundo ensinar amor.
Quem mais pode dar amor incondicional,
Amizade sem pedir nada em troca,
Afeição sem esperar retorno,
Proteção sem ganhar nada,
Fidelidade 24h por dia?
Ah, não me venham com essa de que os pais fazem isso,
Porque os pais são humanos.
Se irritam, se afastam.
Um cão não se afasta mesmo quando você o agride,
Ele retorna cabisbaixo, pedindo desculpas por algo que talvez não fez.
Lambendo suas mãos a suplicar perdão.
Alguns anjos não possuem asas,
Possuem quatro patas,
Um corpo peludo,
Nariz de bolinha,
Orelhas de atenção,
Olhar de aflição e carência.
Apesar dessa aparência,
São tão anjos quanto os outros (aqueles com asas)
E se dedicam aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se.
Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão!
(Desconheço autor)
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Recentemente terminei de ler o livro “Anjo de Quatro Patas” de Walcyr Carrasco, que me foi presenteado por alguém especial. Nele o autor conta sua história ao lado de Uno, um Husky Siberiano, uma raça de cão que lembra em muito o lobo, inclusive no uivo. É uma história verídica, cheia de aventuras e encantadora, onde podemos rir e chorar com o escritor e, para os que conhecem e tiveram a grande felicidade de já ter tido um desses amigos especiais de quatro patas, poderá se identificar em muitos momentos durante a leitura. Abaixo pequeno trecho do livro:

Só chora quem realmente amou, e sem amor a vida é apenas uma passagem desolada. Meu cachorro, meu Uno, me acompanhou durante o tempo mais difícil da minha vida. Sua presença impediu que o deserto tomasse conta de mim, que me tornasse um ser estéril. Seus uivos, suas lambidas, suas corridas, caçadas, ternuras, tudo que desfrutamos juntos me manteve vivo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dia de Gratidão

A gratidão é a virtude das almas nobres. (Esopo)
Procuremos, pois, todos nós, transformar a gratidão sentida em gratidão manifesta. (...) Todos vivemos espiritualmente daquilo que os nossos semelhantes nos deram em horas decisivas da nossa vida. Essas horas não se anunciam, mas sobrevivem inesperadamente. Tampouco se apresentam com alarde, mas com singeleza. Não raro sua importância só vai acudir-nos um dia, em forma de recordação, tal como a beleza de uma música ou de uma paisagem só se nos torna consciente através da lembrança.
Quantas parcelas de mansidão, de bondade, de força para perdoar, de sinceridade, lealdade e resignação no sofrimento que conseguimos assimilar devemo-las a homens que nos deram exemplos nesse sentido, em circunstâncias ora graves, ora corriqueiras. Como se fossem produzidas pela luz de um clarão, seus atos iluminaram e inflamaram-nos subitamente a alma.
Não acredito que se possam inocular idéias em alguém se estas já não existem nele virtualmente. Em geral, todos os bons sentimentos e pensamentos já se encontram ocultos no homem, como matéria inflamável. Esses inflamáveis, porém, ou parte deles, só se transformam realmente em chamas quando uma fagulha de fora, propagada por outrem, estabelece o contato. Não raro acontece também que a nossa luz, prestes a apagar-se, é reavivada por algum ato do próximo.
Por isso, todos devemos lembrar-nos com profunda gratidão daqueles que atearam essas chamas em nós. Tivéssemos presentes, à nossa frente, aqueles que foram nossos benfeitores, e pudéssemos mostrar-lhes quanto influíram sobre nós, certamente se espantariam com aquilo que, de sua vida, passou a fazer parte da nossa.
Albert Schweitzer
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Porque hoje é dia de agradecer, dia de recordar a santa missão de uma alma pura e bela que é Francisco Cândido Xavier, pois completam-se 82 anos do início do seu Mandato de Amor. Também hoje preciso agradecer, agradecer a Deus a grande bênção em minha vida que é minha mãezinha, por ela está completando mais um ano de vida, de uma vida de luta e amor, de exemplo de ser MÃE.
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(Imagem - desconheço autor)
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