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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

VIVA

“Viva de tal modo que, ao olhar para trás,
não se arrependa de ter desperdiçado a vida.
Viva de tal modo que não se arrependa do que fez
ou não deseje ter agido de outra forma.
Viva uma vida digna e plena.
Viva.”
(Dra. Elizabeth Kübler-Ross )

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

ANTES E AGORA

Antes era preciso lutar por Jesus nos circos e nos cárceres, afrontando a renunciação e a morte.
Agora é indispensável combater pelo Cristo, em nós mesmos, vencendo o egoísmo e a ignorância.
Antes era necessário crer.
Agora é indispensável edificar.
Antes, o mundo perseguia o discípulo do Cristianismo, impondo-lhe sofrimento e sangue.
Agora, o mundo espera que o aprendiz da luz se disponha a auxilia-lo e redimi-lo.
Antes, os seguidores da Boa Nova enfrentavam suplícios e feras para se afirmarem com o Senhor.
Agora, pelejam na própria carne para alcançar a perfeição.
Antes, o Benfeitor Inesquecível recomendava: - Ide e pregai!
Agora, o Celeste Emissário, por milhares de vozes que descem da Altura, proclama solene: - Ide e exemplificai!
Antes, o programa.
Agora, a realização.
Filhos do Evangelho, não temamos!
O Mestre Ressuscitado vem de novo às assembléias dos continuadores de Sua obra de redenção humana, reiterando-nos a promessa de que permanecerá conosco até o fim dos séculos!...
Caminhemos servindo, armando o coração de humildade.
Antes, o amor infinito a sustentar-nos!
Agora, o infinito amor a soerguer-nos!
Cristo avança!
Cristo reina!
Ave, Cristo!
Pedro de Alcântara
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, em reunião íntima, realizada em 1948, na cidade de Pedro Leopoldo – MG).



PETRÓPOLIS

I

II


(Fotos do interior da Catedral de Petrópolis-RJ, tiradas em 13/10/2006).
Saudades!!!

SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA

Frei Pedro de Alcântara (Pedro Garavito) - Nasceu em 1499 em Alcântara, Estremadura, Espanha. Filho de Pedro Garavita governador e sua mãe membro de família nobre de Sanabia. Estudou gramática e filosofia em Alcântara, e leis canônicas e civis na Universidade de Salamanca.
Franciscano com 16 anos em Manjarez. Fundou o convento em Babajoz com 20 anos e serviu como seu superior. Ordenado em 1524 com, 25 anos, ele era notável pregador. Um recluso por natureza, ele vivia no convento de Santo Onóphrius, um local remoto onde ele poderia estudar e orar entre as missões. Não obstante, foi indicado Provincial Franciscano para o Monastério de São Gabriel em Estremadura em 1538. Trabalhou em Lisboa em 1541 ajudando na reforma da Ordem. Em 1555 ele iniciou as reformas "Alcântarinas", hoje conhecidas como a "Estrita Observância". Amigo e confessor de Santa Tereza d ‘Ávila, ele a ajudou em 1559 durante o trabalho de reforma da sua Ordem.
Místico e escritor seus trabalhos foram usados por São Francisco de Salles. Morreu em 18 de outubro de 1562 em Estremadura, Espanha de causas naturais, aos 63 anos de idade. Foi canonizado em 1669 pelo Papa Clemente IX. Indicado pelo Papa Pio IX em 1862, como padroeiro do Brasil. É também padroeiro de Estremadura, Espanha (indicado em 1962) e dos vigias, também em 1962.
Sua festa é celebrada no dia 19 de outubro.

domingo, 14 de outubro de 2007

AMOR FRANCISCANO


Abraçar cada ser, fazer-se irmã e irmão,
Ouvir a cantiga do pássaro na rama,
Auscultar em tudo um coração
Que pulsa na pedra e até na lama,

Saber que tudo vale e nada é em vão
E que se pode amar mesmo quem não ama,
Encher-se de ternura e compaixão
Pelo bichinho que por ajuda clama,

Conversar até com o fero lobo
E conviver e beijar o leproso
E, para alegrar, fazer-se de joão-bobo,

Sentir-se da pobreza o esposo
E derramar afeto por todo o globo:
Eis o amor franciscano: oh supremo gozo!

(Leonardo Boff)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

VER NAS CRIATURAS O CRIADOR

"Tinha os olhos na terra, mas o pensamento no céu"

ENTREGA DIVINA

“Quando quis menos, obtive tudo”.
(São João da Cruz)

ENTREGA DOS BENS

"Habitantes de Assis e amigos de minha juventude, começou. Gostaria que minhas palavras se gravassem a fogo em vossa memória. Nenhuma palavra nesta terra contém melodia tão grande quanto a palavra pai. Desde que minha língua começou a balbuciar e meus pés começaram a caminhar, eu usava essa palavra abençoada para Pedro Bernardone, aqui presente. Eu o chamava de pai e o beijava. Ele olhava para mim e eu olhava para ele. Ele me amava e eu o amava. Ele lutou para que eu fosse um grande mercador, tão grande como ele. Mas Aquele que sonhou comigo e me amou desde a eternidade levantou um muro diante de minha carreira de comerciante, fechou-me a passagem e me disse: Vem comigo. E eu decidi ir com Ele. Agora tenho outro Pai. Por isso deixo aqui, aos pés de Pedro Bernardone, os bens que dele recebi: roupas, comércio, herança e até o sobrenome. De agora em diante só chamarei de meu Pai Aquele que está nos céus. Nu vim a este mundo e nu voltarei aos braços de meu Pai." (São Francisco).


quinta-feira, 4 de outubro de 2007

CANÇÃO DE GRATIDÃO

"Da pobreza fez eterna companhia,
No trabalho achou a fonte da alegria
E, no reencontro de uma fé perdida,
Cantou toda a beleza da vida.
Nos caminhos tristes por onde passou,
Um perfume ameno de amor deixou,
E, na paz tão doce que o perdão encerra,
Cantou toda a beleza da Terra.
Com sua bondade encontrava irmãos
Nas aves e nas flores de tão belas cores,
No vento e no fogo amou ao Senhor
A todo o momento.
Meu suave amigo, Irmão da Natureza,
Que deixou ao mundo doçura e pureza,
Frei Francisco recebe com afeição
Nosso amor nesta simples canção."
(Autor desconheço)

PEQUENA BIOGRAFIA

1181/82 - Verão ou outono (junho-dezembro): nasce em Assis. Batizado com o nome de Giovanni. Mudado para Francisco.
1202 - Guerra entre Perusa e Assis. Francisco, com 20 anos, passa um ano preso em Perusa.
1204 - Longa doença.
1204 - Fim, ou primavera de 1205 (entre março-junho): parte para a guerra na Apúlia, no Sul. Volta após visão e mensagem de Espoleto. Começo da conversão gradual
1205 - Outono (setembro a dezembro): mensagem do crucifixo de São Damião. Conflito com o pai. 1206 - Janeiro-fevereiro: questão perante o bispo Dom Guido II (1204 a 30 de junho de 1228). Primavera (março-junho): em Gúbio, perto de Assis, cuida dos leprosos.
Verão, provavelmente em julho: volta a Assis. Veste-se de eremita e começa a reparação da capela de São Damião
1208 - Janeiro ou fevereiro: trabalha na reparação de São Damião, San Pietro e Santa Maria Degli Angeli ou Porciúncula.
1208 - 24 de fevereiro: ouve o evangelho da missa de São Matias, na Porciúncula, sobre a missão apostólica. Muda as vestes de eremita e passa a usar as de pregador ambulante, descalço. Início da pregação apostólica. Aqui propriamente começa o estilo de vida franciscana, apostólica.
16 de abril: recebe em sua companhia os irmãos Bernardo de Quintavalle e Pedro Cattani. No dia 23, recebe o irmão Egídio na Porciúncula.
1213 - 8 de maio: em São Leão, perto de S. Marino, conde de Chiusi, Orlando Cattani, oferece a Francisco o Monte Alverne (La Verna), perto de Arezzo, para servir de eremitério. É o monte da crucifixão de Francisco, em 1224.
1216 - Verão (junho-setembro): Francisco obtém do sucessor de Inocêncio III, o Papa Honório III, em Perusa, a indulgência da Porciúncula.
1223 - Inícios: em Fonte Colombo, Francisco redige a 3ª Regra, que é discutida no capítulo geral de junho. A discussão continua em Roma, e em outubro Francisco se dirige ao Papa para pedir a aprovação. 24/25 de dezembro: na noite de Natal, Francisco celebra a festa em Greccio, junto a um presépio.
1225 - Março: visita Clara em São Damião. Suas vistas pioram muito, então. Ele pretende ficar ali numa cela, ou na casa do capelão, mas, cedendo aos pedidos do vigário da Ordem, Frei Elias, consente em receber tratamento médico: a estação é muito fria, e o tratamento é transferido.
Abril ou maio: ainda em São Damião, Francisco recebe tratamento, mas não melhora. Recebe a promessa da vida eterna. Depois de uma noite dolorosa, atormentado pela dor e por ratos, compõe o Cântico do Irmão Sol. Junto a Santa Clara.
1226 - 3 de outubro, à tarde: Francisco cantando «mortem suscepit" (morreu cantando). No domingo seguinte, 4 de outubro, é sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis, mas o cortejo fúnebre passa antes pelo mosteiro de São Damião, para a despedida de Clara.
(Essa biografia resumida, do grande santo que se fazia pequeno, é uma forma singela de homenageá-lo nesse seu dia. Que o Poverello possa abençoar-nos a todos e a humanidade possa estar um pouco mais fraterna com seus semelhantes, com os animais e com a mãe natureza. Deus louvado sempre!).

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

GLÓRIA

Já seus olhos se fecharam,
E agora rezam-lhe ofícios.
(Tecem-lhe os anjos grinaldas,
no divino Paraíso.
“Pomba argêntea!” – cantam.
“Estrela claríssima!”)
- Irmã Clara, humilde foste,
muito além do que é preciso!...
- O caminho me ensinaste:
o que fiz foi vir contigo...
(Assim conversam, gloriosos,
Santa Clara e São Francisco.
Cantam os anjos alegres:
Vede o seu sorriso!)
Que assim partem deste mundo
os santos, com seus serviços.
Entre os humanos tormentos,
são exemplo e aviso,
pois estamos tão cercados
de ciladas e inimigos!
“Santa! Santa! Santa Clara!”
os anjos cantam.

(E aqui com Deus finalizo.)
(Cecília Meireles em Pequeno Oratório de Santa Clara)

LUZ

Por um santo que encontrara,
há tanto tempo,
alegremente deixara
o mundo, de estranho enredo,
para vover pobrezinha,
no maior contentamento,
longe de maldades,
livre de rancor e medo,
a vencer pecados,
a servir enfermos...
Já está morta. E é tão ditosa
como quem sai de um degredo.
O Papa Inocêncio IV
põe-lhe o seu anel no dedo.
Cardeais, abades, bispos
fazem o mesmo.
( Mais que as grandes jóias, brilha
seu nome, no tempo!)
(Cecília Meireles em Pequeno Oratório de Santa Clara)

VOZ

E a noite inteira, baixinho,
murmurava:
“Levas bom guia contigo,
não te arreceies de nada:
guarda-te o Senhor nos braços,
- e em seus braços estás salva!
Bendito e louvado seja
Deus, por quem foste criada!...”
E neste falar morria
Irmã Clara,
tão feliz de ter vivido,
tão de amor transfigurada,
que era a morte no seu rosto
como a estrela dalva.
(“Com quem falais tão baixinho,
Bem-aventurada?”
“Com minha alma estou falando...”)
Ah! com sua alma falava...
(Cecília Meireles em Pequeno Oratório de Santa Clara)

FIM

Já quarenta anos passaram:
é uma velhinha, a menina
que, por amor à pobreza,
se despojou do que tinha,
fez-se monja,
e foi com tanta alegria
servir a Deus nos altares,
e, entre luz e ladainha,
rogar pelos pecadores
em agonia.
Já passaram quarenta anos:
e hoje a morte se avizinha.
(Tão doente, o corpo!
A alma, tão festiva!
Os grandes olhos abertos
uma lágrima sustinham:
não se perdesse no mundo
o seu sonho de menina!)
(Cecília Meireles em Pequeno Oratório de Santa Clara)

MILAGRE

Um dia, veio o Anticristo,
com seus cavalos acesos.
Flechas agudas,
na aljava de cada arqueiro.
Vêm matar a arrasar tudo,
com duros engenhos.
“Irmã Clara, vede, há escadas
sobre os muros do mosteiro!
Soldados de ferro!
Negros sarracenos!”
(Tomou da Hóstia consagrada,
Rosto de Deus verdadeiro,
- levantou-a no alto
do parapeito...)
E, na cidade assaltada,
não se viu mais um guerreiro:
Ou fugiram a cavalo
Ou caíam de joelhos.
(Cecília Meireles em Pequeno Oratório de Santa Clara)


VIDA

Do pano mais velho usava.
Do pão mais velho comia.
Num leito de vides secas,
e de cilícios vestida,
em travesseiro de pedra,
seu curto sono dormia.
Cada vez mais pobre
tinha de ser sua vida,
entre orações e trabalhos
e milagres que fazia,
a salvar a humanidade
dolorida.
Mão no altar, a acender luzes,
Pés na pedra fria.
Humanidade, entre as companheiras;
Diante do mal, destemida,
Irmã Clara, em seu mosteiro
tênue vivia.
(Cecília Meireles em Pequeno Oratório de Santa Clara)

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