
Aí vêm pelos caminhos,
Descalços, de pés no chão,
Os pobres que andam sozinhos,
Implorando compaixão.
Vivem sem cama e sem teto,
Na fome e na solidão:
Pedem um pouco de afeto,
Pedem um pouco de pão.
São tímidos? São covardes?
Têm pejo? Têm confusão?
Parai quando os encontrardes,
E dai-lhes a vossa mão!
Guiai-lhe os tristes passos!
Dai-lhes, sem hesitação,
O apoio do vossos braços,
Metade de vosso pão!
Não receieis que, algum dia,
Vos assalte a ingratidão:
O prêmio está na alegria
Que tereis no coração.
Protegei os desgraçados,
Órfãos de toda a afeição:
E sereis abençoados
Por um pedaço de pão . . .
Olavo Bilac
*****
(Imagem - da internet trabalhada no Corel Photo-Paint)
5 comentários:
Benja,
Pareceu-me ao ler este poema que Olavo Bilac, além de ser poeta das estrelas, era também poeta com compaixão.
Beijos e bom domingo para nós...
Carol
Ola querido amigo!
Rico, é quem tem o prazer de compartilhar contigo.
Saudade grandeeeeeeeeeeeeeeeee
Benja,
Belo poema, repleto de compaixão por nossos irmãos pobrezinhos.
Que eles possam encontrar pelos caminhos da vida almas caridosas que lhes auxiliem nessa missão.
São carentes de pão, mas também de amor, de consideração.
Bjs
com carinho,
Marilac
Benja,
Trago essa citação de Madre Teresa de Calcutá :
A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração."
Benja, que possamos nos sensibilizar com todos, afinal, somos todos irmãos.
Um bom domingo!
Beijo
Postar um comentário